Utilização de neuroimagem e eletroneurofisiologia por profissionais da área de saúde no atendimento de crianças com distúrbios da linguagem na cidade de Salvador-Bahia
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v14i3.14991Palavras-chave:
Neuroimagem. Eletrofisiologia. Linguagem infantil. Transtornos da linguagem.Resumo
Introdução: exames de neuroimagem e eletroneurofisiológicos possibilitam maior compreensão dos transtornos da linguagem. O objetivo deste estudo foi detectar como e quais desses exames são utilizados na avaliação clínica de crianças com alterações de linguagem por parte de médicos da cidade de Salvador (BA). Metodologia: os dados foram coletados por meio de questionário, com perguntas objetivas acerca dos exames. Resultados: a partir de bases de dados cedidas pelo Conselho Regional de Medicina da Bahia e pela Sociedade Baiana de Pediatria, contabilizaram-se 615 profissionais. Dentre eles, 345 estavam lotados em hospitais que dificultaram a realização da pesquisa. Ao final da coleta, foram contabilizados 31 questionários, preenchidos por pediatras (84%), psiquiatras (3%), neurologista (7%) e neuropediatras (6%). Das técnicas apresentadas, 91% conhecem a tomografia computadorizada, 80% a ressonância magnética e 80% a eletroencefalografia. As técnicas de ressonância magnética funcional, potencial auditivo evocado, estimulação magnética transcraniana, tomografia por emissão de pósitrons e tomografia por emissão de fóton único são pouco conhecidas. Considerando os exames utilizados em crianças com distúrbios de linguagem, a tomografia computadorizada (7%), a ressonância magnética (8%), a eletroencefalografia (9%) e a estimulação magnética transcraniana (1%) foram os únicos citados, entretanto, 30% dos médicos relatam não prescrever os exames de neuroimagem e eletrofisiológicos. Conclusão: os resultados demonstram que esses exames são pouco utilizados. Dentre os utilizados e assinalados como disponíveis estão a tomografia computadorizada, o eletroencefalograma e a ressonância magnética.
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