Associação entre risco cirúrgico e variáveis clínicas nopós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica

Autores

  • Pablo Calmon Alves Silva
  • Laís Fernanda Duarte Sampaio
  • Helena França Correia

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57636

Palavras-chave:

Cardiopatia congênita, Unidade de terapia intensiva pediátrica, cirurgia torácica, estado funcional, crianças

Resumo

Introdução: o escore de risco ajustado para cirurgia cardíaca congênita (RACHS-1) estratifica o risco de mortalidade associado a esse procedimento operatório. Apesar da importância do RACHS, há uma escassez de dados sobre a associação desse escore com outras variáveis relacionadas ao procedimento. O conhecimento da capacidade preditiva do escore de risco cirúrgico pode auxiliar no norteamento de condutas e no prognóstico de crianças no pós- operatório (PO) de cirurgia cardíaca (CC). Objetivo: verificar a associação entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas no PO de cirurgia cardíaca pediátrica. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, com crianças no PO de CC, de ambos os sexos, de 0 a 18 anos incompletos. Foi utilizado o escore RACHS-1 para classificar o risco cirúrgico de 1 a 6, em que, quanto maior a categoria, maior risco de óbito. As variáveis coletadas foram: tempo de circulação extracorpórea (CEC) e anóxia, quantidade e presença de complicações clínicas no PO, complicações pulmonares, tempo de ventilação mecânica (VM), desmame difícil, falha de extubação, tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI), tempo de internação hospitalar e óbito. Resultados: a amostra foi composta de 65 crianças, com mediana de idade de 12 (6-72) meses, sendo 58,5% do sexo masculino. Ao avaliar o risco cirúrgico no PO de CC foi observada uma correlação positiva moderada quanto ao tempo de CEC e anóxia e uma correlação positiva fraca com o tempo de VM, tempo de UTI, tempo de internamento hospitalar e quantidade de complicações clínicas. As crianças com complicações clínicas, tempo de VM acima de 24h e desmame difícil apresentaram maior r risco cirúrgico. Conclusão: houve correlação positiva entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas, demonstrando algum poder preditivo do RACHS-1 para variáveis que podem impactar no prognóstico de crianças com cardiopatias congênitas submetidas a cirurgia cardíaca.

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Biografia do Autor

Pablo Calmon Alves Silva

Fisioterapeuta e Especialista em Fisioterapia Pneumofuncional e Terapia Intensiva pela Faculdade Social – FSBA e Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas da Universidade Federal da Bahia – UFBA

Laís Fernanda Duarte Sampaio

Fisioterapeuta com Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva e Doenças Cardiovasculares pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, Mestre e Doutoranda em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas da Universidade Federal da Bahia – UFBA

Helena França Correia

Fisioterapeuta pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP, Especializada em Fisiologia do Exercício pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Mestre e Doutora em Medicina e Saúde pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública – EBMSP, Professora Associada de Fisioterapia do Instituto Multidisciplinar em Reabilitação e Saúde e do Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas da Universidade Federal da Bahia

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Silva, P. C. A. ., Sampaio, L. F. D. ., & Correia, H. F. . (2023). Associação entre risco cirúrgico e variáveis clínicas nopós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 22(3), 545–549. https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57636

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