Impacto do tempo de internação sobre a força muscular periférica, estado funcional e qualidade de vida em pacientes hospitalizados no Hospital Universitário de Salvador-BA
um estudo longitudinal prospectivo
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i4.53679Palavras-chave:
Força Muscular, Estado Funcional, Qualidade de vida, Hospitalização, EnfermariasResumo
Introdução: o tempo prolongado que o paciente passa imobilizado tem o potencial de gerar diversas repercussões fisiológicas. A fraqueza muscular generalizada interfere diretamente na qualidade de vida (QV) desses pacientes, e estas limitações podem permanecer por até cinco anos após a alta. Objetivo: verificar o impacto do tempo de internação sobre a força muscular periférica, estado funcional e qualidade de vida em pacientes hospitalizados no Hospital Universitário de Salvador-BA. Metodologia: estudo analítico prospectivo, observacional, longitudinal, de não inferioridade realizado na clínica médica do Hospital Universitário Professor dgar Santos. A coleta foi realizada entre setembro de 2021 a maio de 2022. Incluídos os pacientes que estavam admitidos no serviço de fisioterapia, ≥18 anos, de ambos os sexos. Os instrumentos e desfechos foram: Medical Research Council sum-score (MRCSS) – força muscular periférica, Escala de Estado Funcional em UTI – Functional Status Score for the Intensive Care Unit (FSS-ICU) – estado funcional e World Health Organization Quality of Life – Brief Form (WHOQOL-Bref) – qualidade de vida, sendo feita duas avaliações. Resultados: foram analisados 33 pacientes. Possuíam mediana de 42 (27-54,5) anos, sexo feminino (60,6%), com tempo
de internamento ≥13 dias (60,6%), deficiência do sistema cardiorrespiratório ou gastrointestinal (24,2%), diabetes mellitus tipo 2 ou lúpus eritematoso sistêmico (12,1%), internados por razões clínicas (97%). Ao comparar os desfechos segundo estratificação de tempo de internamento não foi encontrada diferença significativa para a variável de força muscular periférica na alta e admissão, bem como do estado funcional na admissão (p>0,05) e na alta (35 (34-35) – 33 (31,2-35); p>0,05), favorável aos pacientes que passaram mais de 13 dias hospitalizados. Não foi observada diferença significativa em todos os domínios avaliados de qualidade de vida (p>0,05). Conclusão: durante o internamento não houve diferença significativa na força muscular periférica, no estado funcional e na qualidade de vida dos pacientes quando comparado o tempo de internamento.
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