Avaliação do fluxo salivar e capacidade tampão da saliva de pacientes psiquiátricos em uso de agentes psicotrópicos
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v16i3.24476Palavras-chave:
Xerostomia. Psicotrópicos. Transtornos mentais. Saliva.Resumo
Introdução: os transtornos psiquiátricos são considerados um problema de saúde pública, pois cerca de 450 milhões de pessoas no mundo desenvolveram algum tipo de desordem mental ou transtorno psicossocial. Doenças psiquiátricas crônicas necessitam do uso permanente e prolongado de medicamentos que podem causar efeitos colaterais na cavidade bucal, como xerostomia e diminuição da velocidade e/ou alteração do fluxo salivar. Esses eventos podem levar ao aumento de cárie e da doença periodontal. A saliva, além da função de limpar a cavidade bucal, ajuda na digestão, mastigação, deglutição, fala e lubrificação, desempenhando um importante papel para a saúde bucal. Objetivo: este trabalho tem como objetivo avaliar o fluxo salivar e a capacidade tampão de pacientes com transtornos mentais em uso de agentes psicotrópicos, acompanhados nos serviços de Psiquiatria do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia. Metodologia: a saliva estimulada de 18 pacientes que participaram deste estudo foi coletada através da mastigação de um Parafilm®, durante cinco minutos. Resultados: a depressão foi a doença mais comum, os medicamentos mais utilizados foram a Risperidona e o Clonazepam e a hipossalivação apareceu em 44,44% dos pacientes. Não houve alteração na capacidade tampão da saliva. A xerostomia foi referida em 72,2% da amostra e foi frequente em 100% das pessoas com hipossalivação. Conclusão: os pacientes psiquiátricos merecem atenção especial, bem como são necessários estudos comparativos e longitudinais para obtenção de uma relação de causalidade
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