Cultura e comunicação impressas como trânsito e formulação do mundo:

mediação, prescrição, apropriação

Resumo

Esta apresentação incide no editor de livros e no papel de mediação cultural e social que este exerce na sua actividade prescritiva e mediadora e sobre a edição enquanto processo de produção e circulação de ideias ordenadoras da realidade. Procura-se analisar o editor enquanto personagem social nas suas práticas e a actividade editorial enquanto quadro de constituição de públicos, mercados, hierarquias e modos de ler e extrair sentido. Um dos resultados do processo histórico da modernidade é o da transformação do livro editado em sistema de autorização do que nele se contém, selo de garantia cujo fautor é o editor ou a casa que representa. Neste processo, a edição de livros surge como lugar e acção: de editar, de publicar o que se editou, de disseminar e fazer distribuir o produto, de constituir um mercado para o consumo do livro, mercado esse que torna simultâneos o sentido da existência do livro editado e publicado e possibilita a viabilidade de permanência da actividade de editar.