MEMORIAIS E MUSEUS DE TERREIROS DE CANDOMBLÉ - MEMÓRIAS DO POVO DE SANTO
Palavras-chave:
arquitetura; memoriais; terreiros e mercantilização do candombléResumo
A diáspora africana proveniente da imigração forçada, para fins escravagistas mercantis legou ao Brasil, uma configuração cultural-religiosa rica em práticas, ritos, sons, cantos e danças, facilmente percebidas. Esse arcabouço cultural é verificado na atualidade, como elemento da singularidade identitária e, por tanto, patrimônio cultural brasileiro, sendo trabalhado pela atividade turística dentro do segmento do turismo étnico. O presente estudo visa revelar na cidade do Salvador, no estado da Bahia, como os espaços de culto afrobrasileiro religioso estão sendo apresentados como produtos da Indústria Cultural e Turística em contraponto a visão do povo de santo a prática da musealização nas comunidades-terreiro remetendo, primeiramente, à estratégia de preservação física do espaço. Possuir um memorial confere status ao local por se tornar uma instituição cultural de ensino e pesquisa. Ampliando o sentido, a estratégia de preservação também se relaciona com o desejo de preservar aquilo que não é perceptível fisicamente, a memória.