Salvador e Suas Cores https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc <p>A revista “Salvador e Suas Cores” é anual e se apresenta em dossies temáticos compostos por trabalhos selecionados em evento homônimo. É publicada pelo ao grupo de pesquisa EtniCidades (Grupo de Estudos Étnicos e Raciais em Arquitetura e Urbanismo ), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Tem como objetivos dar visibilidade às pesquisas e experiencias acadêmicas (ensino e extensão) e contribuir ao debate mais amplo e qualificado sobre os nexos entre arquitetura, urbanismo e cidade e os atravessamentos com questões étnicos-raciais.</p> pt-BR ssc.ufba@gmail.com (ssc contato) ssc.ufba@gmail.br (ssc contato) qua, 30 out 2024 09:59:57 +0000 OJS 3.2.1.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 BAIRROS NEGROS: A PRESENÇA NEGRA NO SUBÚRBIO FERROVIÁRIO E NO MIOLO DE SALVADOR https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/64396 <p>O presente artigo é resultado da disciplina “Bairros Negros: a forma urbana das populações negras no Brasil”, oferecida pelos professores Henrique Cunha Júnior e Fábio Velame, no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia. Neste processo, ficou explícito que os bairros negros são os lugares na cidade onde a memória negra e a trajetória de nosso povo estão salvaguardadas, seja nos nomes das localidades, dentro dos terreiros ou nas práticas históricas de sociabilidade e para manutenção das vidas. Com isso, é possível olhar para o miolo da cidade de Salvador e percebê-lo enquanto território descendente de aquilombamentos, sendo necessária uma outra relação com o tempo e o espaço para compreender as dinâmicas urbanas que se dão nos dias atuais. Da mesma forma, é possível observar como as dinâmicas de trabalho e acesso à terra vão dinamizar o assentamento fundiário do subúrbio ferroviário e as estratégias de outrora sendo reproduzidas nas ocupações mais recentes. Concluímos que evocar bairros negros enquanto conceito analítico para compreender as cidades brasileiras é reivindicar uma outra base referencial para dialogar com o Estado, reconhecendo que a administração brancocentrada do mesmo perpetua desigualdades a partir de sua estrutura.</p> AZÂNIA MAHIN ROMÃO NOGUEIRA, ANALU GARCIA BORGES, ANTÔNIO PIMENTEL-JÚNIOR Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/64396 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 TERREIROS E ORIXÁS E SUA REPRESENTAÇÃO NO ESPAÇO - A IMPORTÂNCIA DA PATRIMONIALIZAÇÃO DO AXÉ ILÊ OBÁ https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63812 <p>A realidade histórica e as imagens reais e mentais que produzimos da cidade se configuram como fatos de direito a cidade. Direito enquanto jurídico, direito enquanto fato social das relações entre os grupos sociais. Religiões de matriz africana, os terreiros de candomblé e umbanda são fatos da realidade urbana da cidade de São Paulo que não se encontram impresso nas imagens da cidade. As identidades sociais e a cidadania se formam através das imagens produzidas. Os patrimônios culturais exercem um papel importante na formação das identidades individuais, coletivas e urbanas, sendo esse um fator importante para a educação e para produção da cidadania. O artigo retoma a discussão da representação e da inclusão dos terreiros de candomblé na imagem da cidade de São Paulo tendo como exemplo o terreiro Axé Ilê Obá, no período de 1984 à 2014, quando da gestão da Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá. Sendo parte do trabalho de mestrado em andamento e tendo como recorte a diáspora negra e a produção das cidades brasileiras.</p> EUNICE GONÇALVES QUEIROZ Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63812 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 AXÉTETURA, ESPAÇOS DO SAGRADO À MARGEM PERSPECTIVA DECOLONIAL DE ESTUDO DE CASO AUTOBIOGEOGRÁFICO https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63821 <p>Axétetura, espaços do sagrado à margem é uma pesquisa teórica desenvolvido por uma perspectiva autobiogeográfica com a teoria- metodologia com diálogo com estudos decoloniais. Em seu aspecto teórico propõe um deslocamento que permite visualizar a graduação em &nbsp;arquitetura e urbanismo a partir de um olhar decolonial que perpassa e entrelaça o social, o simbólico, o histórico, com recortes de raça e gênero</p> HARIEL CHRYSTINNE OLIVEIRA REVIGNET Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63821 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 TERRITORIALIDADES NEGRAS NO INTERIOR PAULISTA https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63819 <p>Aborda as territorialidades negras no interior paulista, tendo como objeto de análise os municípios de Araraquara-SP e São Carlos-SP (Brasil). Para tal, dialoga com autores como Adrelino Campos, Maria Helena Machado, Raquel Rolnik, José Tavares de Lira e Henrique Cunha Jr, instrumentaliza ferramentas da história oral e documentos como códigos de posturas, jornais e processos criminais do final do século XIX e início do século XX. A pesquisa analisa a presença das africanidades na história e cultura brasileira, destacando as ações empreendidas pelo Estado e pelas elites nacionais, para estereotipar, marginalizar, criminalizar e subjugar as populações negras. Destaca, nos municípios analisados, as ações de resistências empreendidas por homens e mulheres negros para garantirem sua subsistência e a manutenção de seus saberes culturais, tanto nos seus espaços de morar quanto no espaço público das cidades. Por fim, descortina as histórias, estratégias e memórias das populações negras comumente ocultadas em narrativas eurocentradas.</p> FABIANA OLIVEIRA PALMEIRA, JOANA D’ARC DE OLIVEIRA Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63819 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 COSMOPERCEPÇÕES SOBRE A NATUREZA NOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63818 <p>Este artigo possui como base a afrocentricidade buscando analisar as cosmopercepções vinculadas a natureza presentes nas comunidades dos terreiros decandomblé. Em um processo de dominação colonial em que vivemos, a afrocentricidade é uma abordagem necessária por colocar o pensamento africano, do continente e dadiáspora,no centrodo discurso e não mais como margem. Assim, as pesquisas que tratam das&nbsp; osmopercepções afrodiaspóricas abrem possibilidades de perceber o mundo comoutros olhares. Com referências pautadas na afrocentricidade e, em minha vivência enquanto mulher negra de axé, este breve artigo se propõea introduzir algumas discussões sobre a natureza para as comunidades de candomblé.</p> LÍVIA FRAGA CELESTINO Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63818 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 AFROEMPREENDEDORISMO EM TERRITÓRIOS NEGROS: UMA PROPOSTA INVESTIGATIVA https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63817 <p>O objetivo deste artigo é socializar o projeto de pesquisa submetido ao Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal da Bahia. Nesta pesquisa tenho interesse de investigar o empreendedorismo negro, também conhecido como afroempreendedorismo, enquanto estratégia de autonomia espacial e alternativa ao projeto desenvolvimentista moderno-colonial de territórios negros. Dado o norteador geral de meu interesse e considerando os limites temporais e analíticos de um trabalho de doutoramento, me proponho a investigar qual o papel do afroempreendedorismo na territorialidade de comunidades negras, tendo como recorte espacial o bairro Engenho Velho da Federação, localizado em Salvador, Bahia, e a comunidade do Morro da Caixa, localizada em Florianópolis, Santa Catarina. Apresento as categorias analíticas principais na construção do presente projeto: afroempreendedorismo, territorialidade e territórios negros, para então explanar a proposta, com sua fundamentação teorico-metodológica e objetivos. Concluo com meus questionamentos, posicionamentos e perspectivas para o desenrolar da pesquisa.</p> AZÂNIA MAHIN ROMÃO NOGUEIRA Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63817 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 GOVERNANÇA ESPIRITUAL: PEDRA DE XANGÔ - O CAMINHO DO AXÉ - AGENCIANDO RITOS E REDES – EDIFICANDO ARQUITETURA https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63816 <p>O presente artigo destina-se a formular uma reflexão sobre a Governança da Pedra de Xangô – o Caminho do Axé - ao agenciar ritos e redes, edificando arquitetura do mobiliário urbano do seu parque. Trata-se de um recorte da pesquisa da tese de doutoramento “A Governança Espiritual: o sagrado afro-brasileiro presente na edificação do Memorial do Parque Pedra de Xangô”, a qual apresenta-se em fase de desenvolvimento. Regido pelas divindades afro-brasileiras, os responsáveis pela construção do equipamento de apoio do sítio natural sagrado precisaram entender e atender as dinâmicas do axé, às ordens dos deuses e às expectativas das comunidades de terreiros. Governança Espiritual é um tema pouco estudado no mundo.&nbsp;Sendo assim, cumpre destacar que a Governança Espiritual é um tema pouco estudado no mundo e para tal visa responder:&nbsp;como aconteceram as interferências e influências das agências sobrenaturais e de que maneira esses comandos se articulavam e se conectavam com as comunidades de terreiros para construir um discurso favorável à concepção de um projeto arquitetônico e urbanístico inspirados nos símbolos e valores da cultura afro-brasileira e indígenas?&nbsp;Utiliza-se uma abordagem metodológica interdisciplinar e/ou transdisciplinar, tendo como diretriz as normas do poder do Axé, o Candomblé e os seus rituais, a energia que na física não se define, mas se sente. Alia-se nesse processo a teoria ator-rede para rastrear e descrever os movimentos e fluxos. No Brasil, não existe, até onde foi investigado, pesquisa sobre o tema. O sujeito da pesquisa é a Pedra de Xangô. Ela está no centro da própria noção de Governança Espiritual. Aqui não cabe inquirir sobre sua existência, o único pré-requisito para essa viagem é que haja respeito mútuo. KawôKabiecilê.</p> MARIA ALICE PEREIRA DA SILVA Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63816 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 A ÁRVORE, O TERREIRO E O BAIRRO: ENSAIO REFLEXIVO SOBRE MODOS DE VIDA RELACIONAIS https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63813 <h1>Este ensaio busca analisar as relações existentes entre três signos: a árvore, o terreiro e o bairro negro dentro de uma perspectiva composta por vivências em multiespécie. Através da análise do contexto social urbano da cidade de Salvador, no qual os signos estão inseridos, percebe-se que elementos como o Estado, o capital e as questões que envolvem a racialidade funcionam de maneira imbricada entre sí e totalmente alinhada aos desejos de um contexto moderno, capitalista e racista que molda processos relacionais, culturais e políticos na constituição das sociedades. Por outro lado, a perspectiva relacional entre árvore-terreiro-bairro permite e fomenta relações de colaboração e potência de vida ao passo em que também contribuem com a manutenção e a preservação de outras formas de ocupar e “fazer cidade”.</h1> <p>&nbsp;</p> ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS BARBOSA, MILLEN CARVALHO CERQUEIRA DA SILVA, NATHÁLIA BUENO BALDEZ, RAFAEL ANTÔNIO PEDREIRA GASPAR DE SOUZA, SARAH DE SOUZA PASSOS, ZARA PEREIRA RODRIGUES SILVA Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63813 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 ‘AGRO É POP, AGRO É TECH, AGRO É TUDO’: PARA QUEM? UM ESTUDO SOBRE O TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO NO ESTADO DO TOCANTINS. https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63811 <p>O código penal brasileiro prevê como crime a submissão de indivíduo a condições de trabalho análogos a escravidão, como trabalhos forçados sem remuneração, jornadas exaustivas, assim como condições degradantes e impedimento do direito de ir e vir. Com isso, o objetivo deste trabalho é caracterizar o trabalho escravo contemporâneo no estado do Tocantins a partir dos dados secundários da Comissão Pastoral da Terra, possibilitando a descrição da evolução dos mesmos nos últimos vinte anos (1998-2018). Em linhas gerais foi verificado que o Tocantins se consolida como o segundo maior estado com número de trabalhadores libertados da região Norte. Constatou-se que as atividades ligadas a área rural apresentam mais casos que as atividades urbanas, sendo que a atividade econômica que apresentou a maior proporção de casos foi a pecuária. O número de fiscalizações teve seu ápice em 2001 e apresenta diminuição no número de fiscalizações desde 2014. O município de Ananás se destaca quanto ao número de casos incidentes, de fiscalizações e de trabalhadores libertados. Com a evidente tentativa de criar atmosfera positiva em torno do agronegócio, a campanha “<em>Agro é pop, é tech, é tudo</em>” exibida pela mídia televisiva hegemônica pouco dá visibilidade aos problemas inerentes ao setor. O caso do Tocantins mostra a grande concentração de casos de trabalho escravo em zona rural, o que requer maior fiscalização de delineação de políticas públicas que visem combater este tipo de atividade.</p> NEFFTALY GOMES SOUSA, JOHN MAX SANTOS SALES Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63811 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 JUVENTUDE NEGRA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: NECROPOLÍTICA E LUTA POR RECONHECIMENTO https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63810 <p>O presente trabalho tem como objetivo discutir processos societários que engendram artefatos da modernidade e marcadores sociais da diferença na interface entre classe, raça e gênero, incluindo processos mais amplos sobre discriminação racial e necropolítica. Assim, o trabalho de interpretação sociológica presente no texto aborda questões relacionadas à produção de classificações, entendimentos hegemônicos e disputas morais, entre grupos sociais hegemônicos, segregados – constitutivos do espaço urbano a partir da especificidade que abrigam as relações raciais no Brasil. Por fim, e na tentativa de relacionar conceitos a partir das contribuições teóricas de Mbembe (2018) e Honneth (2003), a discussão aborda pressupostos epistemológicos das teorias do Sul-global e de perspectiva decolonial.</p> HERMANA CECÍLIA OLIVEIRA FERREIRA Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63810 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 O HABITAR DO CANDOMBLÉ ROÇA E EGBÉ https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63809 <p>Este artigo busca compreender como a religião afro-brasileira chamada Candomblé, se relaciona com o espaço físico em que acontece no mundo. Este <em>lugar</em>é chamado carinhosamente, Roça. Estabelecendo a relação entre a cultura negra afro-diaspórica e a Arquitetura, revela-se uma forma muito particular de Habitar. A religião é culturalmente um campo fértil da existência, e contém aspectos cheios de significados do homem, do divino e do <em>lugar</em>. Dentre as religiões negras, o Candomblé tem importância fundamental. Uma comunidade de resistência e de produção cultural moldada pela mutabilidade, movimento e hibridação da diáspora negra. Costurando informações dos processos que a originaram, assim como de transformações sofridas durante sua existência, mapeamos uma relação profunda e muito singular com o <em>lugar</em>. Uma cultura de múltiplas leituras paralelas resultando em um <em>espaço</em> regido por um complexo sistema histórico, político e social. Onde a Arquitetura, Comunidade, Deuses e Ancestrais são um só. A pesquisa foi desenvolvida através de revisão bibliográfica e pesquisa de campo etnográfica como filho-de-santo, no terreiro de Candomblé <em>Ilê Axé Icimimó Aganju Didé</em>, na cidade de Cachoeira, Bahia. Esse fato abre uma comunicação específica, involuntária por natureza, com a comunidade religiosa do <em>Icimimó</em>. A ideia é fazer da participação um instrumento de conhecimento, despedaçando a dicotomia observador-objeto de observação. Neste processo foram produzidos desenhos, plantas, arquivos fotográficos, entrevistas e o caderno de campo. Tecendo esta grande teia de referências se revela um novo Habitar no mundo</p> RAFAEL VIDAL LEITE RIBEIRO Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63809 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 EXPERIÊNCIAS DO PROJETO INTEGRAR/GESTUS NO TERRITÓRIO DO MACIÇO DO MORRO DA CRUZ, NA COMUNIDADE JOSÉ BOITEUX https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63807 <p>Este artigo é resultado de vivências a partir das experiências do projeto Integrar/Gestus no território do Maciço do Morro da Cruz, na comunidade José Boiteux, na cidade de Florianópolis/SC. Neste sentido o artigo, tem como objetivo compreender o processo de desenvolvimento de experiências produtivas da Horta Gestus Comunitária, no espaço urbano periférico, configurando com mutirões o Quintal Produtivo e refletir sobre a construção do espaço urbano. Neste sulear<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a>, o desenvolvimento metodológico para dar conta desta pesquisa, foi por meio de referências bibliográficas, na qual buscamos fundamentar o embasamento teórico, apresentando as categorias de movimentos sociais, quintais produtivos e territórios (as comunidades). Procurando entender qual o potencial dos quintais para a segurança alimentar nestes espaços vazios da comunidade, e com isso, resgatar as tradições ancestrais dos antepassados, crenças religiosas, hábitos rurais e a relação entre os espaços e seu entorno imediato; também com pesquisa-ação, na qual foi pensado na perspectiva de um processo participativo com a comunidade, para melhor compreendermos as necessidades dos moradores, desta forma agregar ao projeto experimental o valor de pertencimento, etapa que ficou limitada devido a pandemia do covid-19. Para dar conta dessas reflexões, utilizamos os referenciais de SANTOS (1979), BRITO (2000), ADICHIE (2010), e CAMPOS (2019). O projeto da Horta Gestus Comunitária, nos trouxe um processo de aprendizagem intenso, pois mergulhamos nas leituras e formações, na qual foi possível constatar que é preciso ter um maior cuidado com as intervenções nos territórios, trazendo sempre os moradores como protagonistas do processo, para que tenhamos mais êxito na continuidade do mesmo.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"><sup>[1]</sup></a> Ponto de orientação, que também pode ser adotado como referência cartográfica.</p> MARA ROSANE DIAS GOULART Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63807 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 SOBRE(VIVÊNCIAS) E TERREITÓRIOS – SOCIOESPACIALIDADE, REPRODUÇÕES E RESSIGNIFICÂNCIAS NA ARQUITETURA DE TERREIRO BANTU https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63805 <p>Na perspectiva em compreender o histórico da formação sócio espacial dos terreiros de candomblé de Nação Bantu no Brasil afro-diaspórico, o artigo que se segue pretende dar início a um estudo analítico sobre as formações física e cosmológica desses <em>Terreitórios</em> no contexto brasileiro afro-diaspórico. Tendo como referência, a vinda de negros escravizados da região de Angola no continente africano durante o século XIII - trazendo consigo o <em>calundu<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup><strong>[1]</strong></sup></a></em> - e as primeiras estruturações desses espaços. Perspectivando perceber também, possíveis similaridades ou divergências com o que conhecemos hoje como “Terreiros de candomblé de Angola”. Visando ainda, investigar as possíveis reproduções e ressignificâncias arquitetônicas desses <em>terreitórios </em>com as habitações tradicionais angolanas.</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Os chamados <em>Calundus</em> – forma de culto tradicional angolana á ancestralidade - existiram predominantemente no Brasil colonial até meados do século XIX, antecedendo a construção institucional da religião afro-brasileira Candomblé e a sua territorialização no que hoje conhecemos como Terreiro de Candomblé. Essa prática ritualística foi difundida na primeira metade do século XVIII, pela região das Minas Gerais pela Angolana Luzia Pita – natural de Luanda, denunciada como feiticeira e habitante do município de Sabará/MG.</p> AISHA – A. L. DIÉNE Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63805 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 TRANÇANDO TERRITÓRIOS E SABERES TRADICIONAIS https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63804 <p>Este artigo tem como proposta apresentar uma pesquisa em andamento - Cartografia SocioCultural de Trancistas Negras do Distrito Federal, com objetivo de identificar a prática de fazer penteados afro trançados enquanto um saber tradicional afro-brasileiro, que contém epistemologias interculturais, servindo para afirmação do direito à memória negra da cidade, apontando caminhos para que se torne um bem cultural. A abordagem teórica conceitual da&nbsp; pesquisa é interdisciplinar, partindo da perspectiva de estudos e pensamentos decoloniais, incorporando outras perspectivas do conhecimento a partir desses modos de fazer e saber estéticos e capilares, realizando um panorama histórico - cultural sobre o uso e a prática de trançar cabelos afros, utilizando o mapeamento social como metodologia em diálogo com histórias orais. A fotografia surge como recurso epistêmico e estético,&nbsp; contribuindo para a compreensão dos penteados afros trançados enquanto uma estratégia de mapeamento do território e de narrativas que elucidam a africanidade e a cultura da ancestralidade, a partir das simbologias das tranças.</p> LAYLA MARYZANDRA COSTA SILVA Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63804 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 O PROCESSO DA PATRIMONIALIZAÇÃO E A (RE) SIGNIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS DE MEMÓRIA: CASO DAS MATAS SAGRADAS E SOMBRA DI POLON NA ÁFRICA OESTE https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63803 <p>Neste trabalho nos interessa discutir a tensão que se produz no processo que envolve a patrimonialização de construções materiais e imateriais na África Oeste, e como desta tensão, pode ao longo prazo, (re) significar a relação entre os agentes, e destes com as suas construções. Tanto materiais, assim como imateriais. Entendemos que o grupamento humano na sua relação entre os indivíduos, e destes com os seus meios vão atribuir significados e (re) significação de diferentes objetos naturais, e aqueles cujas criações ou surgimentos resultam da inter-relação entre diferentes agentes. O que neste caso, produz a linguagem pelo qual estes grupos se comunicam entre os indivíduos, e deles com os elementos dos seus meios naturais, que a partir da produção de significado, passam a agregar os atributos culturais, e não mais de modo algum o objeto passivo nas suas relações, tão pouco algum elemento naturalizado. Tomamos como o ponto de partida para esta discussão, as florestas que os agentes dos Estados do país Oeste Africanos e a UNESCO vem a patentear na política de patrimonialização, e principalmente a <em>Sombra di Polon</em>, que tornou o centro do debate anterior<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> na dimensão espacial e o papel social, econômico, cultural, político, religioso e espiritual, que cumpre entre os diversos povos Oeste africano.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> SILVA, Maurício Wilson Camilo da. Sombra di polon: o embrião das moranças e tabankas da herança kaabunke.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; <em>Africanidades</em>, v.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; 10,&nbsp; n.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; 25,&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; p.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; 1-14,&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; out./dez.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; 2017.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Disponível&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; em: &lt;<a href="http://www.africaeafricanidades.com.br/documentos/0010250122017.pdf">http://www.africaeafricanidades.com.br/documentos/0010250122017.pdf</a>&gt;. Acesso em: 23 dez. 2018.</p> MAURÍCIO WILSON CAMILO DA SILVA Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63803 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 O ENSINO DE GEOGRAFIA E EFETIVAÇÃO DA LEI FEDERAL 10.639/03: ESTUDANDO A COMPLEXIDADE DOS CONHECIMENTOS DE MATRIZ AFRICANA NO ENGENHO-DE-AÇÚCAR https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63801 <p>A escrita da cultura africana se apresenta na forma material e na essência imaterial do espaço geográfico e precisa ser reconhecida como algo importante na cultura brasileira, suplantando as ideias eurocêntricas, as quais negam a complexidade do pensamento de matriz africana na formação espacial. Acreditamos que a implementação da Lei Federal 10.639/03 pode auxiliar na superação do eurocentrismo. O ensino de geografia precisa avançar no processo de efetivação da respectiva lei, o que nos leva a pensar em estratégias pedagógicas, a exemplo do estudo do patrimônio cultural negro. Nesse contexto, objetivamos analisar a materialidade e imaterialidade dos engenhos de canade-açúcar enquanto efetivação da Lei Federal 10.639/03. Nos fundamentamos no método da afrodescendência, tendo como procedimento&nbsp; a revisão bibliográfica, a exemplo de Cunha Junior (2020, 2011, 2010), Silva (2019), Nunes (2014) e&nbsp; Quirino (1918), bem como a prática de campo, ocorrida no Parque Estadual do Sítio Fundão, no município do Crato, localizado no Cariri cearense. Compreendemos que o estudo do engenho de cana-de-açúcar é significativo para a efetivação da Lei-10.639/03 no ensino de geografia à medida que leva a consciência espacial da história e cultura de matriz africana por meio da especialização do trabalho. A discussão acerca do patrimônio negro na escola é um mecanismo de enfrentamento do racismo e propicia a construção de uma identidade étnica.</p> HENRIQUE CUNHA-JUNIOR, RAFAEL FERREIRA DA SILVA, MERYELLE MACEDO DA SILVA, CICERA NUNES Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63801 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 EDUCAÇÃO E PATRIMÔNIO CULTURAL COMO FORMA DE RESISTÊNCIA EM TERRITÓRIOS NEGROS: MADUREIRA - RJ https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/64364 <p>A partir das relações socioespaciais o presente artigo busca discutir os patrimônios culturais afro-brasileiros presentes no bairro de Madureira como ferramenta de resistência e valorização da identidade negra presente no território. A análise parte da contribuição histórica, da memória, das relações culturais, patrimônios, arquitetura e a identidade negra existente no bairro. O território está localizado no subúrbio do Rio de Janeiro e compreende de um relevante espaço propagador da cultura negra, entretanto, ainda atualmente são invisibilizados e carecem da falta de investimentos e gestão capazes da manutenção do território. Tendo como concepção a educação patrimonial a partir da afrodescendência, o estudo se propõem a refletir ações que sejam capazes de serem realizadas que mitiguem a transgredir de forma a valorizar tais patrimônios culturais. Sendo utilizado o mapa de bens culturais como ferramenta capaz de identificar e especializar tais referências no território, compreendo que o primeiro passo de tais ações é o reconhecimento dos patrimônios, seus detentores e os diferentes sujeitos que corroboram pra resistência e a preservação de um bairro culturalmente negro.</p> ALYNE FERNANDA CARDOSO REIS Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/64364 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000 APRESENTAÇÃO: Conferência internacional África–Brasil - Cooperação Brasil-Nigéria dentro do Sul Global https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63800 <p>O 8º Seminário Salvador e Suas Cores 2022 e a 2ª Conferência Internacional África-Brasil: Cooperação Brasil-Nigéria dentro do Sul Global, a ser realizado entre os dias 16 a 19 de novembro de 2022, integra o Acordo de Cooperação Acadêmica, Científica e Cultural entre a Universidade Federal da Bahia e a Universidade do Estado de Lagos, a partir do Centro de Estudos Afro-Brasileiros – LASUCAS, Nigéria, oriundo do programa CAPES-Print UFBA. O evento tem como objetivo construir os laços acadêmicos no ensino de graduação e pós-graduação, da extensão, e da pesquisa e inovação entre a UFBA e a Universidade do Estado de Lagos – LASUCAS, entre o Brasil e a África. Nesse viés o evento terá um carácter multidisciplinar com participação de pesquisadores e professores das áreas de humanidades, ciências sociais aplicadas, exatas, ciências biológicas e da saúde, engenharias e tecnologias na construção da cooperação Sul-Sul.</p> FABIO MACEDO VELAME Copyright (c) 2024 Salvador e Suas Cores https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63800 qua, 30 out 2024 00:00:00 +0000