A ENCRUZILHADA ONDE SE ENCONTRAM O CORPO E A CULTURA: uma outra territorialidade possível através das danças urbanas no Rio de Janeiro
Palavras-chave:
danças urbanas, territorialidade, diáspora negra.Resumo
este artigo é fruto de uma investigação sobre como algumas culturas urbanas da diáspora negra combatem o racismo, através de suas celebrações, e promovem a (re)construção da autoestima e identidade dos/as sujeitos/as por essas culturas envolvidos/as. A partir de uma ótica dupla, transitória entre observadora e participante, a pesquisa se desenrolou ao revisitar memórias e cultivar relações afetivas iniciadas a partir do período em que fiz parte de companhias amadoras de danças urbanas (entre 2003 e 2010) e seguiu até o aniversário de dez anos, em novembro de 2019, da minha festa favorita de danças urbanas, a Groove Party. É neste recorte temporal que delimitei o objeto de estudo e elegi os interlocutores e interlocutoras do campo, atuantes na cena das danças urbanas no Rio de Janeiro. Daí a busca por compreender como experiências produzidas através da dança em espaços urbanos, poderiam interferir nas relações – minhas e dos demais interlocutores e interlocutoras – com a cidade.