O PAISAGISMO DOS ORIXÁS NO ESPAÇO EXTERIOR DOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ

Autores

  • CÉLINE VERÍSSIMO
  • MAURÍCIO DOS SANTOS

Palavras-chave:

paisagismo dos orixás, espaço exterior do terreiro de candomblé, memória biocultural de matriz africana.

Resumo

Para além de um espaço religioso, o terreiro de Candomblé sempre foi um espaço doméstico comunitário de resistência histórica contra a opressão externa colonizadora na luta pela libertação do Povo de Santo até os dias de hoje. Para resistir à marginalização, o espaço exterior do terreiro inclui, em ambas as suas dinâmicas doméstica e religiosa, um paisagismo comestível, ritualístico, sagrado e medicinal, um quotidiano doméstico e outro religioso, bem como a criação de renda familiar/comunitária. Este artigo debruça-se, por um lado, sobre o enquadramento histórico dos terreiros de Candomblé na região de tríplice fronteira – Brasil, Paraguai e Argentina, para o reconhecimento e a valorização desses espaços enquanto patrimônio arquitetônico e paisagístico afro-latino. Por outro, propõe um olhar crítico sobre as dinâmicas paisagísticas, sagradas, ritualísticas, de resistência e autonomia no espaço exterior dos terreiros de Candomblé. Esta análise recorre à teoria da ecologia política decolonial sobre a luta dos povos pelos direitos humanos, os direitos da natureza e a pluriculturalidade, para uma igualdade biocêntrica.

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Publicado

2024-10-18

Como Citar

VERÍSSIMO, C., & SANTOS, M. D. (2024). O PAISAGISMO DOS ORIXÁS NO ESPAÇO EXTERIOR DOS TERREIROS DE CANDOMBLÉ. Salvador E Suas Cores, (3). Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63923