ESPAÇOS SIMBÓLICOS E DISPOSITIVOS DE FECHAMENTO NA ARQUITETURA – O CASO DO ILÈ MARÒIÁLAJI.
Palavras-chave:
Arquitetura, Terreiros de Candomblé, Espaços Simbólicos, Dispositivos de Fechamento na Arquitetura, Brasil.Resumo
O Presente artigo analisa os espaços simbólicos e acesso nos Terreiros de Candomblé, nomeadamente no que concerne às ações do Ilè Maròialáji, conhecido como Terreiro do Alaketu, situado em Salvador–BA. Trata-se da análise das ações desenvolvidas e utilizadas pelo povo de Santo, para garantir a defesa de seu território. O enfoque nobre a relevância da preservação da espacialidade, para o povo de santo, sujeitos cognoscivos que trazem em si o entendimento de que é necessário “conhecer para preservar” as espacialidades concomitantes com as práticas e os rituais. Nessa relação, os sujeitos que conhecem, povo de santo, evidenciam o alargamento, a ampliação do lema “Conhecer para preservar” as relações existentes entre os de dentro do Terreiro “da porteira para dentro” e o reflexo entre essas relações com os de “fora”, com a espacialidade e com o princípio da noção de autoridade, estabelecida entre os de “dentro” e os de “fora”. Associando ao conceito de Norbert, Elias “Os Estabelecidos e os Outsiders / os de dentro e os de fora”. O objetivo deste estudo concentrado no “espaço e tempo do Ilè Maròialáji”, é evidenciar a arquitetura, aqui retratada, enquanto um conjunto de relações do lugar, de composição de elementos. A ancestralidade de seus templos impregna o ambiente, a comunidade e o espaço se produzem comitantemente, tratam as relações dos objetos com o espaço, o lugar, os rituais e aos membros que deles fazem uso, tecendo relações de identidade e de pertencimento. Para realização deste estudo será utilizada a observação participante e o uso da História Oral. Registro do dinamismo a partir das recriações da estrutura física do Terreiro de Candomblé citado e os aspectos arquitetônicos conservados ao longo dos anos pelo povo de santo. Aliada a essas questões expõem-se dois eixos de análise no Terreiro: o espaço simbólico e os dispositivos de fechamento na arquitetura onde será possível estabelecer um diálogo entre a Segurança/Insegurança e a Arquitetura.