A CASA DA DONA FÁTIMA: MODOS DE VIDA NO QUILOMBO DE MAMUNA, ALCÂNTARA.

Autores

  • ANA PAULA FERREIRA BRANCO
  • MARLUCE WALL
  • MARTINA AHLERT

Palavras-chave:

Modos de vida, Quilombo, Alcântara

Resumo

O município de Alcântara, Maranhão é novamente a ‘’bola da vez’’ após passado mais de 30 anos da implantação da Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) pela Aeronáutica Brasileira. Tal processo foi marcado pelas violações de direitos das comunidades quilombolas que ocupam secularmente o território e sentem os impactos da remoção até os dias de hoje. Com a recente assinatura do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), pelos Governos do Brasil e dos Estados Unidos, em março deste ano, Alcântara volta a ficar em alerta e Mamuna, quilombo localizado a 26 quilômetros da base, vive hoje na iminência dos impactos da possível expansão. O presente estudo compõe o trabalho final de graduação da autora, que teve como objetivo geral caracterizar os modos de vida e habitar da comunidade quilombola de Mamuna; aqui apresentamos uma descrição dos modos de vida e maneiras de morar observados na casa da Dona Fátima, quilombola de Mamuna. Para obtenção dos dados, realizamos uma experiência de levantamento sócio espacial inspirada no método etnográfico de pesquisa e realizada em um curto período de tempo. Os modos de vida na casa de Dona Fátima têm forte relação de equilíbrio com a natureza, maneiras próprias de uso e ocupação de cada ambiente, além de serem intrisecamente vinculados a valores de união e coletividade tradicionalmente experenciados pela comunidade. Pautar a interação entre os sujeitos como principal fonte dos dados aqui produzidos, foi essencial para que obtivéssemos os dados apresentados, que contribuem para os emergentes debates no território quilombola de Alcântara e a ameaça contra a reprodução de modo de vida dos quilombolas

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Publicado

2024-10-18

Como Citar

BRANCO, A. P. F., WALL, M., & AHLERT, M. (2024). A CASA DA DONA FÁTIMA: MODOS DE VIDA NO QUILOMBO DE MAMUNA, ALCÂNTARA. Salvador E Suas Cores, (3). Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/ssc/article/view/63898