PARA ALÉM DO TURISMO: O PELOURINHO E SEUS ESPAÇOS INSUBMISSOS
Palavras-chave:
cultura negra, espetacularização, resistênciasResumo
Esse artigo tem como objetivo analisar algumas ocupações culturais afro diaspóricas realizadas no Centro Histórico de Salvador – CHS, que permanecem e resistem ao processo de restauração do Pelourinho, que ocorre desde 1992. Na primeira parte dessa produção pretende-se destacar o processo de transformações socioespaciais, espetacularização do espaço do Pelourinho e uma análise das condições sociais dos sujeitos excluídos considerados inconvenientes para permanecer no local. Na segunda parte, destaca-se a construção dos contra-usos das manifestações culturais que se apresentam como insurgências pois fogem da lógica de produção cultural homogeneizante e de consumo que foi projetada discursivamente para ser o referencial de cultura baiana. Atualmente, os excluídos do Pelourinho continuam na disputa pela permanência em seus territórios nesse lugar que foi projetado espaço para ser um shopping center a céu aberto como exposição de uma forjada baianidade