ONDE OS ALGOZES NÃO TÊM VOZ: O DISCURSO URBANO E FEMINISTA NEGRO DO RAP NA CIDADE DO RECIFE
Palavras-chave:
Racismo; Patriarcado; Rap; Feminismo NegroResumo
O tema é a relação entre o rap produzido pelas mulheres negras e o enfrentamento das expressões do racismo e do patriarcado na cidade do Recife, no início do século XXI. O objetivo do artigo é analisar como o rap (ritmo e poesia), na segunda década do século XXI, constitui-se como um discurso urbano que demarca posições políticas de enfrentamento ao racismo, ao machismo e à exploração do trabalho (e dos corpos) das pessoas negras sob o capitalismo, na cidade do Recife. Para tanto, foi realizada extensa revisão bibliográfica acerca do tema proposto, bem como dados sobre a desigualdade na cidade do Recife. Foram utilizadas 3 poesias escritas por rappers negras, “O fardo de uma Preta”, da rapper Adelaide Santos, a introdução do rap “Parem de nos matar”, da rapper Margot Mc, e “Preta, favelada”, de Bione. Conclui-se que, através do movimento Hip Hop, mulheres negras têm contribuído para o enfrentamento à exploração do trabalho, ao racismo e ao patriarcado.