BRASÍLIA: SEGREGAÇÕES ESPAÇO-RACIAIS E SUAS RELAÇÕES NO TERRITÓRIO

Resumo

Neste trabalho são discutidas os processos territoriais de Brasília e do seu planejamento diante de fatores raciais latentes no espaço urbano brasiliense (durante e após a construção da capital), relacionando a exemplos de outros territórios encontrado no Brasil e cidades no sul dos Estados Unidos, como Detroit, que foram construídas por diretrizes segregacionistas (legais e não-legais), resultando em condições prejudiciais a população negra residentes nos espaços urbanos. Resgatando estudos urbanos e sociológicos, são colocados em discussão as situações do espaço urbano que afetaram diretamente a população negra que habita as cidades atualmente, entre elas a ausência do debate sobre a relação entre raça e espaço urbano, que atualmente multiplica-se em estudos sobre o tema nos mais variados campos de estudo.  Conclui-se que Brasília, como cidade resultante da ideia de “democracia racial”, entre outras políticas de esquecimento, segue com segregação, que se disfarça como socioespacial que, estruturante e enraizada na história do território, torna-se evidente diante de questões como as relações centro-periferia, marginalização periférica e condições da população negra no espaço urbano