Guantánamo (Cuba) cidade de diáspora negra: influência jamaicana nas transformações urbanas (1910-1930)

Resumo

Os jamaicanos viveram, durante as primeiras décadas do século XX, um processo de dispersão para Cuba, promovido pela necessidade da indústria açucareira de obter mão de obra barata. Foi a demanda de trabalho para a indústria açucareira a que levou desenvolver a mobilidade laboral no Caribe. As importações de trabalhadores antilhanos, (re) dimensionaram os destinos das mulheres e os homens que moveram em busca de um mercado de trabalho promissor. Como consequências, se assentaram diferentes grupos de imigrantes, na cidade de Guantánamo, igual que em outras partes da região Oriental de Cuba, criando uma comunidade fora da terra de origem, Jamaica, tornando complexa as relações sociais construídas nos espaços de acolhidas. Nesses espaços, eles foram vítimas, pela cor da pele e seu status de imigrante, de um sistema de segregação e discriminação social amparado pelas leis migratórias, apesar de contribuírem com as transformações urbanas vivenciadas nas cidades, não só pela participação em processos socioeconômicos e culturais, mas também pelo crescimento espacial através da formação de novos bairros e com a reprodução de instituições sociais, culturais e religiosas. Daí esta pesquisa pretende expor as contribuições da diáspora jamaicana às transformações urbanas da cidade de Guantánamo de 1910-1930