TERREIRO DE CANDOMBLÉ: UMA PROPOSIÇÃO DE ARQUITETURA e PAISAGISMO CONTEMPORÂNEOS

Resumo

1.               Este artigo é um exerto do Trabalho de Conclusão no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Vila Velha, intitulado “Arquitetura religiosa de matriz africana: as casas de santo do candomblé” (2014). A pesquisa busca compreender a razão pela qual, passados cinco séculos dos primeiros calundus coloniais, os terreiros ainda hoje apresentarem basicamente a mesma configuração espacial e uma tectônica pouco expressiva. Um dos produtos da investigação é uma proposição projetual em um terreiro imaginário na Ponta da Fruta, Vila Velha, Espírito Santo. A metodologia alia leituras, visitas a terreiros, entrevistas, coleta de imagens de novos materiais e formas arquitetônicas e paisagísticas. O resultado é a proposta de implantação do Ilê Axé Lagoa de Oxum e uma série de propostas para pejis. A intenção é uma reflexão – a partir do texto, das imagens referenciais e do desenho – sobre as seguintes questões: poderiam a arquitetura e o paisagismo contemporâneos traduzir a rica simbologia e a plenitude dos significados presentes nos espaços dos terreiros de candomblé? Como seria o espaço de um terreiro atualizado pelas formas do século XXI?