LIBERDADE, UM BAIRRO NEGRO PAULISTANO? REVERBERAÇÕES POLÍTICAS DOS EMBATES PELA MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO
Palavras-chave:
liberdade, memória, escravidão, São PauloResumo
A historiografia da urbanização de São Paulo é um palco de disputas em aberto, mostrando que a forma de urbanização desse território se deu a partir de embates que não pôde ser cristalizado em uma memória total. Na análise da produção sobre essa temática no último período, podemos ver dois tipos de abordagem: a que reforça uma leitura tradicional sobre o “destino manifesto de grandeza” de São Paulo, elaborando uma história de expansão e crescimento envolto em um imaginário bandeirante; e as que procuram contar a “história esquecida” da cidade, mostrando “o outro lado” do desenvolvimento paulista, buscando fazer uma “história dos de baixo” a partir do olhar dos “marginalizados”. Nesta comunicação, exploraremos as disputas pela memória do bairro da Liberdade, um território em que atualmente se tem resgatado como território negro por ali ter se localizados a forca e o pelourinho da cidade no período colonial e imperial. Discutiremos as formas de construção da memória a partir da rememoração dos espaços de suplício pelos diferentes agentes.