A CULTURA HIP-HOP: SABERES E RESISTÊNCIAS COTIDIANAS ORDINÁRIOS DOS HABITANTES DO SEU LUGAR DE VIDA
Palavras-chave:
Cultura hip-hop, resistência, bairro negro, planejamento urbano, lugarResumo
Com suporte da geografia cultural e humanista que busca interpretar as representações que diferentes grupos sociais produzem a partir de suas práticas e experiências; pensar maneiras de interpretar o mundo através das suas próprias vivências criando mecanismos de estar e fazer o cotidiano fugindo da lógica hegemônica do pensamento ocidental. As vozes dos excluídos do planejamento urbano elitista que por vezes é denunciado por artistas, de maioria negra, em letras de raps e nas paredes que ecoam o caos e o abando de bairros periféricos. Nesse sentido o graffiti/pixação e o rap aparecem no espaço urbano como práticas inseridas na cultura hip-hop. Este artigo traz como proposta a contextualização multiescalar da cultura hip-hop produzida nas periferias, o planejamento urbano que excluí a maioria da população negra e pensar as intervenções urbanas como aliadas ao ensino da Geografia. Utilizando o método etnográfico e em alguns momentos se aproximando do fenomenológico onde a expressão, alteridade e subjtividade contidas nessas manifestações culturais urbanas, refletem o contexto social e lugar em que seus agentes estão inseridos e a cidade entra em cena como palco, mural e poesia.