O PANORAMA DAS SENZALAS PARAIBANAS E PERNAMBUCANAS
Palavras-chave:
Senzala, Arquitetura, Brasil Colonial, Paraíba, PernambucoResumo
Atualmente o dito “quarto de empregada” na habitação brasileira tornou-se um dos protagonistas no meio midiático devido às recentes mudanças trabalhistas, à visibilidade de obras audiovisuais que o fazem referência e às alterações no modo de morar contemporâneo. Contudo, enquanto produto social, carregado de intenções, ele tem em sua origem na senzala, a habitação-prisão dos escravos na época do Brasil colonial. Assim, este artigo tem como objetivo analisar a arquitetura das senzalas remanescentes dos engenhos paraibanos e pernambucanos a fim de revelar as suas configurações espaciais a partir das pesquisas de Esterzilda Azevedo, Geraldo Gomes e Juliano Carvalho, mas também discutir quais as configurações que perpetuaram até a contemporaneidade, envolvendo a predominância de temas sociais de classe social, raça e gênero vinculados ao espaço de baixa qualidade, de dimensões mínimas, com pouca salubridade e segregado do restante dos outros cômodos da morada colonial. A pesquisa contribui para o registro iconográfico e arquitetônico, bem como para a discussão acerca dos modos de habitar na sociedade brasileira, particularmente da época colonial, contribuindo com os poucos estudos acerca da senzala