Não me Lembre

O Ato Falho como Apelo do Sujeito do Inconsciente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.9771/rn.4.04.69097

Palavras-chave:

Ato Falho, Sujeito do Inconsciente, Caso Clínico

Resumo

O presente trabalho investiga o ato falho como manifestação do sujeito do inconsciente, a partir da análise de um caso clínico em que a frase "não me lembre" emerge no lugar de "não me lembro". Ancorando-se nas contribuições de Freud e Lacan, o texto propõe que tal equívoco revela uma divisão subjetiva e um apelo ao Outro, evidenciando a demanda de não recordar um conteúdo potencialmente traumático. Sem concluir sobre a veracidade de um possível abuso infantil, o artigo enfatiza o valor interpretativo do ato falho enquanto fissura que permite o surgimento do sujeito. A análise, embora interrompida, ilustra como a linguagem, por meio de seus tropeços, pode oferecer acesso privilegiado à estrutura do inconsciente e ao sujeito dividido que escapa à imagem unificada do eu.

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Biografia do Autor

Ricardo Gusmão Machado, Universidade Federal da Bahia

Mestre e Doutorando em Filosofia e Teoria Social pela UFBA. Coordenador do Seminário de Introdução à Filosofia (SIPSI)

Referências

FREUD, Sigmund. Fundamentos da Clínica Psicanalítica. In: FREUD, Sigmund. Obras Incompletas de Sigmund Freud. Belo Horizonte: Autêntica, 2017

FREUD, Sigmund. Psicopatologia da Vida Cotidiana. In: FREUD, Sigmund. Obras Incompletas de Sigmund Freud. Belo Horizonte: Autêntica, 2023

LACAN, Jacques. O Seminário livro 2: o eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1985

LACAN, Jacques. O Seminário livro 5: as formações do inconsciente. Rio de Janeiro: Zahar, 1999

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Publicado

2025-11-28

Como Citar

Machado, R. G. . (2025). Não me Lembre: O Ato Falho como Apelo do Sujeito do Inconsciente. Revista Nós, 4(04), 62–72. https://doi.org/10.9771/rn.4.04.69097