Revista Nós

Um Ensaio

2024-06-28T19:34:23+00:00

A concepção do artigo prossegue uma reflexão edificada na obra Sujeito da Psicanálise por Marcelo Fonseca Gomes de Souza com o objetivo de indagar a episteme do sujeito em estado psicótico. Portanto, é tanto descrito o sujeito científico, condicionante do pensamento cartesiano quanto o sujeito psicanalítico, pela perspectiva lacaniana. Logo, é cogitado o assujeitamento do estado psicótico, a partir da polarização antagônica, entretanto, convergente, em alguns tópicos, desses sujeitos. Assim, no desfecho do artigo, lançam-se hipóteses acerca do sujeito na psicose, mediado pelas reflexões dispostas no Seminário 3 de Jacques Lacan, "As Psicoses".

A Estrutura Psicótica e sua Relação com a Teoria do Desenvolvimento Emocional de Donald Winnicott

2024-06-28T19:34:40+00:00

O presente estudo discorre sobre a relação entre a estrutura psicótica e o desenvolvimento emocional primitivo a partir das contribuições de Donald Winnicott. Com a finalidade de ilustrar a temática em questão foi analisado o caso clínico apresentado no documentário Child of Rage (A Ira de um Anjo), lançado pela HBO em 29 de setembro de 1992 em que aponta como a negligência de os cuidados físicos e emocionais podem afetar o desenvolvimento emocional do indivíduo.

A Psicose como Paradigma da Clínica Contemporânea

2024-06-28T20:01:16+00:00

A clínica psicanalítica parte, sobretudo, do modo como cada um enfrenta as implicações de sua existência e suas relações com o mundo externo, tomando o subjetivo e irrepresentável. A inserção no discurso engendra uma trama social, onde cabe observar o modo singular com que cada um faz laço, valendo-se da ideia de que haverá sempre um resto, pedaço de real não completamente absorvido pela lógica discursiva. Será propriamente através da invenção de um sinthoma que este resto encontrará alguma estabilização, inserindo o Outro nesta construção (Lacan, 1975-1976/2007). Para alcançar a complexidade da época se toma a psicose como paradigma de compreensão da clínica contemporânea, pautada na responsabilidade do sujeito e de sua singularidade como diretrizes éticas. É a partir do paradigma da psicose e sua possibilidade de laço social, que poderemos ver as soluções, bricolagens e sinthomas que amparam a cada um. Portanto, resta acompanhar e testemunhar, no um a um dos casos, a forma como cada sujeito pode, ao seu modo, remendar a sua realidade, sempre psíquica.

If We Forgive Our Fathers What is Left

2024-06-28T20:07:30+00:00

O presente ensaio tem por objetivo realizar uma análise e algumas reflexões acerca do poema forgiving our fathers, publicado por Dick Lourie, contido no livro Ghost Radio (1998). Essa obra literária compreende uma variedade de poemas acerca de artistas clássicos do Rock and Roll, da política americana e de uma nostalgia da juventude nos anos 1950. O poema explora a imagem poética de um pai em meio a cenários contraditórios, refletindo um eu lírico cindido que questiona, por fim, o que restaria após um perdão. O texto lírico pretendido explora uma problemática custosa para a psicanálise: a função paterna. Os comentários acerca dessa imagem poética do pai têm como base os conceitos do Complexo de Édipo, a partir da leitura de Jacques Lacan (1856-1939/2019a; 1856-1939/2019b), e o Mito do Pai Primevo, concebido por Sigmund Freud (1912-1914/2012).

Declínio da função paterna

2024-06-28T19:33:21+00:00

No presente trabalho iremos discorrer sobre como a queda da função paterna e o declínio da virilidade pode apresentar consequências na contemporaneidade. Abordaremos o imperativo materno como uma dessas possíveis consequências. Contemporaneamente, uma nova ordem é instaurada, caminhando para o lado feminino das fórmulas de sexuação, onde o gozo feminino ilimitado se faz presente e o discurso do mestre não pode mais controlar. Com isso, é colocada a seguinte questão: como a queda da função paterna pode influenciar na clínica das crianças em relação aos objetos fóbicos? Essa é a questão que tentaremos responder a seguir.

"O que as mulheres querem?" Histeria e dissociação-valor em Mad Men

2024-06-28T19:55:46+00:00

Na série de televisão "Mad Men" (2007), Betty Draper desempenha um papel secundário como a esposa do protagonista. Através da análise de um episódio específico, explora-se a conexão entre os sintomas histéricos manifestados por Betty e sua posição na divisão social do trabalho. Essa divisão atribui aos homens a esfera da produção social, enquanto restringe as mulheres à esfera privada da reprodução.

Editorial

2024-06-30T18:03:06+00:00

Editorial da segunda edição da revista Nós.