Analistas Reborn
O que bebês reborn, terapia com inteligência artificial e Freud têm a ver?
DOI:
https://doi.org/10.9771/rn.4.04.68360Palavras-chave:
bebês reborn, inteligência artificial, transferência, psicanálise, FreudResumo
Este ensaio discute o fenômeno contemporâneo dos bebês reborn e o crescente interesse por terapias mediadas por inteligência artificial, relacionando-os ao pensamento freudiano sobre vínculos humanos e o mal-estar na cultura. Analisa-se como tais fenômenos refletem o desejo de relações unilaterais, sem enfrentamento dos conflitos inerentes aos vínculos reais, tal como apontado por Freud (1930). Debate-se o risco de substituir a experiência analítica genuína por interações artificiais que, embora confortáveis, eliminam a transferência, essencial para a psicanálise. O texto evidencia que, embora tecnologias avancem, a essência da análise permanece ligada à presença de outro humano com inconsciente próprio. Conclui-se que, tanto no caso dos bebês reborn quanto no uso de inteligências artificiais, há uma tentativa ilusória de suprimir a falta e o desconforto, elementos inevitáveis, mas necessários à constituição subjetiva.
Downloads
Referências
FINK, Bruce. Fundamentos da técnica psicanalítica: uma abordagem lacaniana para praticantes (2007). São Paulo: Blucher, 2017.
FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização (1930). In: FREUD, Sigmund. Obras completas: volume 18. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
FREUD, Sigmund. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise (1912). In: FREUD, Sigmund. Técnica da psicanálise I. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
FREUD, Sigmund. A questão da análise leiga (1926). In: FREUD, Sigmund. Técnica da psicanálise II. Belo Horizonte: Autêntica, 2022.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este periódico adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
Isso significa que os autores mantêm os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de primeira publicação, ao mesmo tempo em que permitem que qualquer pessoa compartilhe, distribua, copie e adapte o material publicado, para qualquer finalidade, inclusive comercial, desde que seja dado o devido crédito aos autores e à publicação original.
Licença completa disponível em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
