As Cápsulas de cianureto não estão no manual de condutas
DOI:
https://doi.org/10.9771/rn.3.03.63447Palavras-chave:
Resistência, Ditadura, Romance, Angústia, PsicanáliseResumo
Esta comunicação pretende analisar a noção de resistência [atrelada ao afeto da angústia] a partir de algumas passagens do romance K. de B. Kucinski. Além da questão elaborada no romance acerca do processo de busca de algum vestígio de alguém que foi desaparecido pelos militares durante a ditadura militar (1964-185), pretende-se refletir sobre a ideia de “vestígio” trazida por Lacan no Seminário 16: de um Outro ao outro. O intuito com o trabalho é pensar em que medida há algo da ordem da angústia no gesto de narrar uma história que entrelaça a impossibilidade de um luto [pessoal e coletivo]. Mas também levantar a questão do papel da História, da Política, da Literatura e da Psicanálise no trato com essa demanda [se é que podemos falar em uma “demanda” social por um luto às vítimas de desaparecimento na ditadura militar]. A abordagem escolhida para tal é uma espécie de ensaio, onde trabalha-se com as reverberações das leituras e com a busca por um significante específico, a saber: Resistência.
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Referências
GIANESI,Ana Paula Lacorte. A inexistência e a insensatez: hiância causal e o gozo do falasser. Stylus Revista de Psicanálise. Rio de Janeiro, no. 28 p.51-57 junho 2014.
KUCINSKI, B. K. — São Paulo : Companhia das Letras, 2022.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 10: a angústia; texto estabelecido por Jacques-Alain Miller; versão final Angelina Harari e preparação de texto André Telles; tradução Vera Ribeiro. - 1ª ed. - Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 16: de um Outro ao outro; texto estabelecido por Jacques-Alain Miller; [tradução Vera Ribeiro; preparação de textos André Telles; versão final Angelina Harari e Jesus Santiago]. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.