Não se Deixar Afetar é Sintoma de Quê?
Uma reflexão psicanalítica sobre o evitar do amor
DOI:
https://doi.org/10.9771/rn.3.03.63434Palavras-chave:
Afeto, Sintoma, Angústia, AmorResumo
O presente ensaio propõe uma reflexão sobre o medo de se entregar ao amor, interpretando-o como um mecanismo de defesa contra a angústia de perder a falta primordial, constitutiva do sujeito. Com base nas distinções entre afeto e sintoma na psicanálise freudiana e lacaniana, é proposta a hipótese de que, em alguns casos, a evitação dos afetos serve para que o sujeito preserve sua incompletude, essencial para sustentar o movimento contínuo do desejo. A análise sugere que essa resistência ao amor reflete a necessidade de manter a falta, garantindo, assim, a permanência do desejo.
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Referências
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