A formação do hábito de consumo infantil: uma análise crítica da Teoria de Consumo de Status aplicada às classes sociais altas e baixas no Brasil
Palavras-chave:
Formação dos hábitos de consumo. Consumidor infantil. Classes sociais. Teoria de Consumo de Status. Países em desenvolvimento.Resumo
Este trabalho analisa, a partir do enfoque oferecido pela Teoria de Consumo de Status (TCS), como são formados os hábitos de consumo de crianças de classes altas e baixas brasileiras, critica o Global Trickle-down Model (GTDM), e analisa a precisão das recentes mudanças teóricas sugeridas por Üstüner e Holt (2010), quanto às inadequações da TCS aos países em desenvolvimento. Para isso, realizamos uma pesquisa teórico-empírica, por meio de 36 entrevistas em profundidade, com crianças entre 9 e 12 anos incompletos, pertencentes às camadas baixas e altas da população. Após análise de conteúdo, apresentamos e discutimos os resultados através de categorias analíticas que os sintetizam: Agentes de Influência; Relação com o Universo de Possibilidades e Impossibilidades de cada Classe; e Diferenciação Social. Para concluir, comparamos os conceitos apresentados pela TCS com os resultados encontrados no contexto de classes altas e baixas brasileiras, além de avaliarmos a adequação do GTDM a esse contexto. As principais conclusões da pesquisa são que os pares exercem mais influência na formação dos hábitos de consumo das crianças de classes mais altas; a mídia tem impacto diferente de acordo com a posição socioeconômica da criança; e, ao contrário do que preconizava a teoria sobre o tema, não há um aprisionamento dos desejos de consumo das crianças das classes baixas às suas condições de existência.
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