Decisão de (Re)Existir!: Histórias e Modos de Organizar de uma Comunidade Quilombola Mineira

Autores

Palavras-chave:

história de vida coletiva, psicossociologia, quilombo, identidade étnico-racial

Resumo

Esta pesquisa objetiva compreender como a construção da identidade étnico-racial assegura a existência de uma comunidade remanescente quilombola. A Psicossociologia foi tomada como referencial teórico e utilizou-se a abordagem metodológica história de vida coletiva em uma comunidade remanescente quilombola da região metropolitana de Belo Horizonte/MG. A partir dos resultados, compreendemos o quilombo como uma organização construída a partir de uma identidade étnico-racial que mobiliza os processos estruturantes de resistência, pertencimento e ancestralidade, essenciais à existência dos sujeitos e do quilombo. As identidades serão construídas por meio do reconhecimento da ancestralidade, onde os sujeitos se filiarão à história, reconhecendo esses antepassados como composição do que se é. Essas identidades permitirão que os sujeitos quilombolas sintam-se pertencentes a este grupo, que permanecerá (re)existindo devido à essa resistência ancestral que é reapropriada. A resistência é indissociável da identidade, porque para o próprio ato do sujeito quilombola decidir ser, é necessário resistir, uma vez que o Outro quer que o quilombo deixe de ser. Esses marcos evidenciam que a resistência de Arturos opera para além do compromisso com a vida e mobilização dos seus sujeitos, mas também na decisão de criar novas formas de organização e reinvenção de enfrentamento ao status quo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hellen Marquezini, FGV EAESP

Doutoranda em Administração de Empresas na Fundação Getulio Vargas – FGV/EAESP. Mestra em Administração pelo CEFET-MG. Membra do Núcleo de Estudos Organizacionais, Sociedade e Subjetividade – NOSS. Aquilombada no Núcleo de Estudos Amefricanidades – NEA. Tem como área de interesse os Estudos Organizacionais e seus temas de pesquisa são relacionados a Relações Raciais em Organizações, Gestão em Organizações Não Convencionais/ Não Hegemônicas, Subjetividades e Decolonialidade. 

 

Ludmila de Vasconcelos Machado Guimaraes, CEFET MG

 Doutora em Administração. Professora do Programa de Pós-Graduação em Administração do CEFETMG e do CEPEAD/UFMG. Coordenadora do Núcleo de Estudos Organizacionais, Sociedade e Subjetividade – NOSS. Tem como interesse de pesquisa e ensino as áreas relacionadas às Clínicas do Trabalho, Psicossociologia, Psicanálise e suas interfaces com os Estudos Organizacionais.

Raquel de Oliveira Barreto, CEFET MG

 Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com residência pósdoutoral na linha de Estudos Organizacionais pela mesma universidade. Docente efetiva do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas do CEFET-MG. Tem como áreas de interesse os Estudos Organizacionais e as Relações de Trabalho, especificamente os seguintes temas: Envelhecimento e Trabalho, Subjetividade e Trabalho, Clínicas do Trabalho, Economia Solidária e Gestão Pública.

Publicado

2024-11-07

Como Citar

1.
Marquezini H, de Vasconcelos Machado Guimaraes L, de Oliveira Barreto R. Decisão de (Re)Existir!: Histórias e Modos de Organizar de uma Comunidade Quilombola Mineira. Organ. Soc. [Internet]. 7º de novembro de 2024 [citado 22º de novembro de 2024];31(109). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/51227

Edição

Seção

Artigos