A Nova Precarização do Trabalho: um Mapa Conceitual

Autores

Palavras-chave:

precarização do trabalho, precarização flexível, mapa conceitual, neoliberalismo, capitalismo flexível.

Resumo

A nova precarização do trabalho, a precarização flexível, apresenta mudanças e novos elementos significativos no quadro de precariedade do trabalho. Enquanto manifestação histórica, insere-se paulatinamente no bojo das reformas estruturais-econômicas e institucionais-políticas. O objetivo deste texto foi propor um mapa conceitual da nova precarização do trabalho. O mapa conceitual é uma ferramenta crítica para o desenvolvimento de uma investigação científica e articula conceitos, contexto e influências teóricas para promover o avanço da pesquisa no campo do objeto estudado. Três dimensões consubstanciaram o mapa proposto: o contexto, sintetizado na ascensão do neoliberalismo, na hegemonia do setor financeiro, na reestruturação produtiva e na globalização da economia; as práticas flexíveis, na condição de manifestações e causalidades dos arranjos sociais, expostas em termos de naturalização do desemprego, fatalismo econômico, esvaziamento do Estado, santidade dos contratos, desregulamentação, intensificação do trabalho, captura do savoir faire, descentralização e desterritorialização das unidades produtivas, manipulações tecnocráticas, enfraquecimento dos sindicatos, trabalho parcial ou temporário, terceirização e desespecialização; e, as categorias, expressões relacionais identificadas como capitalismo flexível, empresa flexível, flexibilidade (regulação flexível), precarização social e a passagem da subsunção formal à real. Fornecendo uma imagem síntese que busca apreender criticamente a concreticidade do real, o mapa pode ser utilizado como roteiro para novas pesquisas e contribuir para a crítica no campo dos estudos organizacionais.

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Biografia do Autor

Fabio Melges, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Participa do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Organizações, Trabalho e Educação (Gepote).

E-mail: fabiobmelges@gmail.com

Orcid: https://orcid.org/0000-0001-8914-9925

Elcio Gustavo Benini, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em educação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É professor associado na Escola de Administração e Negócios (Esan) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), instituição na qual atua nos Programas de pós-graduação stricto sensu em administração (Ppgad) e Administração Pública (Profiap). Participa do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Organizações, Trabalho e Educação (Gepote).

E-mail: elciobenini@yahoo.com.br

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0949-3062

Tania Cristina Costa Calarge, Universidade Federal da Grande Dourados

Doutora em administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É professora adjunta na Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Participa do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Organizações, Trabalho e Educação (Gepote).

E-mail: taniacalarge@ufgd.edu.br

ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1287-3266

te).

Adriano Pereira de Castro Pacheco, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em administração pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Organizações, Trabalho e Educação (Gepote).

E-mail: adrianopcastro@gmail.com

Orcid: https://orcid.org/0000-0001-8222-0979

Publicado

2022-10-28

Como Citar

1.
Melges F, Gustavo Benini E, Cristina Costa Calarge T, Pereira de Castro Pacheco A. A Nova Precarização do Trabalho: um Mapa Conceitual. Organ. Soc. [Internet]. 28º de outubro de 2022 [citado 17º de agosto de 2024];29(103). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/45844

Edição

Seção

Artigos