Phronesis, Julgamento Moral e Processo Decisório Ético: Vivências de Gestores Públicos da Área de Proteção e Defesa Civil
Palavras-chave:
phronesis, prudência, sabedoria prática, gestão pública, proteção e defesa civilResumo
O objetivo deste artigo é investigar de que maneira a phronesis se manifesta com o julgamento moral a partir da experiência de gestores públicos em situações de decisões éticas na área de proteção e defesa civil (gestão de riscos e desastres). Realizou-se um resgate na literatura sobre a temática da phronesis enquanto virtude do “bem agir”. Como procedimentos metodológicos, orientados por uma epistemologia fenomenológica e abordagem qualitativa, utilizou-se a entrevista em profundidade, observação não participante e análise documental. A discussão dos dados foi organizada em três seções: contexto e circunstâncias da área de proteção e defesa civil; experiência vivida e conhecimento tácito dos gestores; e composição cognitiva, afetiva e reflexiva da phronesis. Alguns elementos da phronesis foram perceptíveis e contribuíram para o processo decisório ético diante das possibilidades de limitação do julgamento moral, tais como: o contexto e as circunstâncias contingenciais de urgências; a dimensão afetiva, como a empatia; a necessidade de mediação entre aspectos instrumentais e a vontade de agir com compaixão; aconselhamento como elemento reflexivo; e memória e aprendizagem, a partir de experiências anteriores. Concluiu-se que, quando as condições para o julgamento moral não são favoráveis e/ou possuem fatores limitantes – como o excesso de questões técnicas e/ou burocráticas, o contexto de insegurança e a finalidade de proteger a vida humana –, a phronesis pode ajudar a desenvolver um saber esclarecido para o indivíduo, exposto à revisão, educação e esclarecimento sobre o contexto social, político e organizacional ao qual pertence.
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