Carmen Miranda: um Ícone de Mercado Incorporado
Palavras-chave:
Carmen Miranda, ícone de mercado, incorporação da cultura, ícone cultural, liminaridade.Resumo
Com base no referencial de CCT (Consumer Culture Theory) de incorporação de ideologias, regimes de gosto e interesses nacionais e regionais por culturas de consumo, este artigo propõe que ideologias sociais e políticas também são incorporadas em ícones de mercado. Este trabalho visa, então, reunir os conceitos de iconicidade e liminaridade para dar conta de Carmen Miranda como um ícone de mercado que não apenas incorporou os mitos nacionais de seu tempo, mas também continua sendo empregado no mercado atual para uma variedade de propósitos. Assim, ícones como Carmen contribuem para a produção de mercados nos quais questões históricas, políticas e ideológicas são naturalizadas. A colaboração de Carmen por meio de indústrias culturais como rádio e cinema, sua onipresença em campanhas publicitárias e na mídia impressa e sua influência na moda feminina contribuíram para a cultura de consumo de seu tempo. Além disso, o caráter mítico de sua persona e seu legado cultural detêm um poder simbólico expressivo, tornando-a um notável ícone do mercado contemporâneo. A chave para sua iconicidade é sua liminaridade; hierarquias inquietantes, atravessando planos sociais e questionando a identidade. Como ícone do mercado, o legado de Carmen é assim constantemente reeditado, alicerçado na ambivalência de sua persona e sinalizando seu potencial transgressor.
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