Desigualdades e Resistências no Organizar de Práticas Festivas Marginalizadas
Palavras-chave:
congo capixaba, não-lugares, festas afro-brasileiras, micropolíticas, desigualdadeResumo
Este artigo parte do entendimento da festa como organização e instância multiforme e mediadora na sociedade (R. Amaral, 1998; Davel, 2016). O objetivo proposto foi refletir sobre a produção social de desigualdades e resistências na organização do congo capixaba, a partir de uma perspectiva micropolítica. As reflexões teóricas partiram das discussões de Certeau (Certeau, 1985, 2008, 2012; Certeau, Giard, & Mayol, 2003) aliadas às reflexões de Hall (2003, 2011) e Sansone (2004) sobre a cultura negra contemporânea. O campo empírico da investigação foi o Carnaval de Congo de Máscaras de Roda D’água, a pesquisa se valeu do método etnográfico como estratégia de produção e interpretação de dados. Os achados apontam para o que denominamos de os “não-lugares do congo” enquanto produtos de condições sociais de marginalidade produzidas historicamente, bem como de invisibilidade étnica-racial reforçadas no contexto organizacional da festa. Tais não-lugares operam no campo religioso, turístico e macropolítico cultural. Por outro lado, evidenciamos como os sujeitos destas condições empreendem táticas de enfrentamento por meio de micropolíticas travadas em seus cotidianos, articuladas especialmente em torno de sentidos de tradição e pertencimento.
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