Escravidão Contemporânea e Toyotismo

Autores

  • Claudio Roberto Marques Gurgel Universidade Federal Fluminense
  • Maiara Oliveira Marinho Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

Trabalho escravo contemporâneo, toyotismo, intensificação, flexibilidade, jornada exaustiva.

Resumo

Neste artigo, estamos identificando relações entre a gestão toyotista, como formulada por seu criador, Taiichi Ohno, e praticada por várias empresas, e elementos que caracterizam o trabalho escravo contemporâneo. Nossos referenciais reúnem a psicodinâmica dejouriana, o aporte que descreve o trabalho escravo contemporâneo e formulações de Ohno, em seu O sistema Toyota de produção. Confrontando os dois primeiros elementos com as concepções e a prática toyotistas, podemos associar esse discurso corrente entre as organizações e nas próprias escolas de gestão com a incidência da escravidão contemporânea. A conclusão a que chegamos é de que há um recuo histórico a padrões primitivos do capitalismo, com ilimitada disposição para cortar custos e, nesse contexto, crescente desapreço pelos custos sociais. Isto está levando ao aparente paradoxo de constatar-se, muito além de reminiscências feudais ou escravagistas, a difusão e naturalização das condições pré-capitalistas de trabalho no modo de produção capitalista.

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Biografia do Autor

Claudio Roberto Marques Gurgel, Universidade Federal Fluminense

Economista, especialista em administração de empresas, mestre em administração pública, mestre em ciência política e doutor em educação. Professor efetivo da graduação e pós-graduação strictu senso em Administração da Universidade Federal Fluminense.

Maiara Oliveira Marinho, Universidade Federal Fluminense

Aluna do Mestrado Acadêmico em Administração pela Universidade Federal Fluminense (2016), especialista em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (2015), bacharela em Administração pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2014).

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Publicado

2019-04-04

Como Citar

1.
Gurgel CRM, Marinho MO. Escravidão Contemporânea e Toyotismo. Organ. Soc. [Internet]. 4º de abril de 2019 [citado 21º de novembro de 2024];26(89). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/21763

Edição

Seção

Artigos