Organizações que matam: uma reflexão a respeito de crimes corporativos

Autores

  • Cintia Rodrigues de O Medeiros UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
  • Rafael Alcadipani da Silveira Fundação Getulio Vargas

Palavras-chave:

crime corporativo, poder, corporações

Resumo

O objetivo deste artigo é incorporar a perspectiva pós-colonial para compreender a dinâmica dos crimes corporativos. Para tanto, analisamos um crime corporativo cometido por uma corporação transnacional no Brasil cujas consequências foram, dentre outras,  a morte de trabalhadores e moradores. Adotamos a abordagem qualitativa para conduzir a pesquisa e realizamos uma pesquisa documental para reunir documentos oficiais sobre os casos analisados e arquivos jornalísticos, o que permitiu a identificação de pessoas para a realização de entrevistas narrativas. Quanto à análise, fazemos uma aproximação da abordagem da grounded theory construtivista,  analisando o material empírico a partir da categoria integradora: “Produzindo a morte nas corporações”, a qual foi suportada por três códigos caracterizadores: (a) as manobras da corporação; (b) as armas utilizadas; (c) o poder,  o consentimento e a resistência. Como principais resultados, desenvolvemos os conceitos de necrocorporação e crimes corporativos contra a vida, apontando para a necessidade de mudança no modo de pensar quanto às relações entre governos, sociedade e corporações.

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Biografia do Autor

Cintia Rodrigues de O Medeiros, UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Doutora em Administração - FGV/EAESP

Professora da Universidade Federal de Uberlândia

Rafael Alcadipani da Silveira, Fundação Getulio Vargas

Doutor em Administração

Professor da Fundação Getulio Vargas

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Publicado

2016-12-29

Como Citar

1.
Medeiros CR de O, Silveira RA da. Organizações que matam: uma reflexão a respeito de crimes corporativos. Organ. Soc. [Internet]. 29º de dezembro de 2016 [citado 22º de novembro de 2024];24(80). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/11783

Edição

Seção

Artigos