POR UMA PEDAGOGIA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Autores

  • Débora Nunes UNIFACS

Resumo

A gestão participativa vem sendo legitimada nas últimas décadas e o ápice desta legitimação ocorreu no Habitat II, em 1996. Neste fórum, as vantagens gerenciais e sociais da participação popular foram destacadas, tendo sido esta prática recomendada amplamente. Esta legitimação significa concretamente que avanços democráticos estão no horizonte, mas ela favorece também a manipulação política, pois processos burocráticos e oportunistas são divulgados como práticas participativas. Deste modo, é importante neste momento trazer o debate para a experiência concreta, estabelecendo critérios e propondo metodologias. Atualmente, os maiores desafios das práticas participativas são as dificuldades de sua implementação continuada, principalmente junto á população excluída. Uma população que interiorizou o estigma da pobreza - de incapacidade e dependência - que encontra entraves cognitivos à participação e que é inexperiente em termos de democracia direta, terá dificuldades em envolver-se num processo participativo. É preciso uma etapa anterior que supere estes entraves. Uma política de incentivo à participação popular se coloca assim como uma necessidade e neste texto discutir-se-á algumas das bases teóricas e metodológicas necessárias para a concepção de uma tal política.

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Como Citar

1.
Nunes D. POR UMA PEDAGOGIA DA PARTICIPAÇÃO POPULAR. Organ. Soc. [Internet]. 21º de maio de 2014 [citado 23º de novembro de 2024];6(16). Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10431

Edição

Seção

Artigos