PROSTITUIÇÃO E TRÁFICO DE PESSOAS
O PENSAR FEMINISTA DE IDENTIFICAÇÃO DA MULHER COMO SUJEITO NA SUA LIBERDADE SEXUAL
DOI:
https://doi.org/10.9771/revdirsex.v3i2.47402Palavras-chave:
exploração, liberdade, mulher, prostituição, tráfico de pessoasResumo
O presente artigo tem por escopo analisar o direito de liberdade sob um olhar feminista como ferramenta de proteção aos direitos femininos, em especial ao de liberdade sexual no contexto de prostituição e exploração no tráfico de pessoas. Parte-se inicialmente da compreensão do direito à liberdade e da necessidade reconhecimento da liberdade feminina como direito humano. Em seguida, entende-se as limitações existentes nas diferentes liberdades femininas e os posicionamentos teóricos sobre a questão sexual envolvida no âmbito da prostituição para captar sua natureza. Ao final, tratou-se do tratamento da prostituição como forma de exercício de autonomia se descaracteriza pela ausência de uma efetiva liberdade dentro de uma realidade social patriarcal e com abertura para novas explorações de difícil controle como o tráfico de pessoas. Foi realizada pesquisa por meio do método dedutivo de abordagem apoiado sobre pesquisa bibliográfica e documental sobre o tema.
Downloads
Referências
BOBBIO, Norberto. Igualdad y liberdad; trad. Gregorio Perces-Barba – Barcelona: Ediciones Paidos Ibérica e Instituto de Ciencias de la educación de la Universidad Autónoma de Barcelona, 1993.
BRAGA, Ana Gabriela Mendes. A vítima-vilã: a construção da prostituta e seus reflexos na política criminal. In: BORGES, Paulo César (org.). Tráfico de pessoas para exploração sexual: prostituição e trabalho sexual escravo. – São Paulo: NETPDH; Cultura Acadêmica Editora, 2013. pp. 219-229.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988. Brasília/DF: Senado Federal, 1988.
BURBULHAN, Fernanda; GUIMARÃES, Roberto Mendes; BRUNS, Maria Alves de Toledo. Dinheiro, afeto, sexualidade: a relação das prostitutas com seus clientes. In: Psicologia em Estudo, Maringá, v. 17, n. 4 p. 669-677, out./dez., 2012.
CARVALHO, Érica Mendes de; CARVALHO, Gisele Mendes de. Direito Penal, paternalismo jurídico e tráfico de pessoas para fim de exploração sexual ou outra forma de exploração sexual. In: BORGES, Paulo César (org.). Tráfico de pessoas para exploração sexual: prostituição e trabalho sexual escravo. – São Paulo: NETPDH; Cultura Acadêmica Editora, 2013. pp. 59-91.
FERREIRA, Maria Mary. Representação feminina e construção da democracia no Brasil. Disponível em: https://www.ces.uc.pt/lab2004/inscricao/pdfs/painel29/MAryFerreira.pdf. Acesso:15 jun. 2019.
HONNETH, Axel. O direito da liberdade; trad. Saulo Krieger. – São Paulo: Martins Fontes, 2015.
KOLONTAI, Alexandra. A nova mulher e a moral sexual. 2ª. ed. – São Paulo: Expressão Popular, 2011.
MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e política: uma introdução. 1ª ed. – São Paulo: Boitempo, 2014.
MOREIRA, Adilson José. Cidadania sexual: estratégia para ações inclusivas. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2017.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Assembleia Geral das Nações unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos. 1948. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf. Acesso em: 27 jun. 2019.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração e programa de ação de Viena. Itália-Viena: Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, 1993.
PEDROSO, Vanessa Alexsandra de Melo. O pecado feminino: Do exercício e da exploração da sexualidade na prostituição feminina. In: Rev. Ciênc. Juríd. Soc. UNIPAR. Umuarama. v. 12, n. 2, p. 439-449, jul./dez. 2009.
PISCITELLI, Adriana. Deslocamentos femininos e prostituição. In: Estudos Feministas, Florianópolis, 23(2): 619-637, maio-agosto/2015.
SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. A mulher na sociedade de classes. 3. ed. – São Paulo: Expressão Popular, 2013.
SARLET, Ingo Wolfgang. As dimensões da dignidade da pessoa humana: construindo uma compreensão jurídico-constitucional necessária e possível. In: Revista Brasileira de Direito Constitucional, n. 09, pp. 361-388, jan./jun., 2007.
SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade; trad. Laura Teixeira Motta – São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
TIBURI, Márcia. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. – 7ª ed. – Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 2018.
TV BANDEIRANTES. A liga – prostituição, de 15 de outubro de 2010. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MOPiLvcIOE8&fbclid=IwAR1_gyUuVSXPsE3NEIlZZXKEgdgle5KgQ_B6xi2qIXfR_G0kNzD7Xl9nseE. Acesso em: 01 ago. 2019.
UNODC. United Nations Office on Drugs and crime. Global report on trafficking in persons 2018. New York: United Nations publication, Sales no. E.19.IV.2, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 ambos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
- A Revista se reserva o direito de efetuar, nos trabalhos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando o estilo dos autores.
- As opiniões emitidas pelos autores são de suas exclusivas responsabilidades.
- Os direitos de licenciamento utilizado pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. São permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remixar, transformar e readaptar o trabalho original para todos os fins, inclusive comerciais), desde que lhe atribuam o devido crédito pela publicação inicial neste periódico.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a publicação, uma vez que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).