Determinantes da Remuneração Executiva: Uma Análise das Instituições Financeiras Bancárias entre os Anos de 2015 e 2020

Autores

  • Thaís Regis Costa

DOI:

https://doi.org/10.9771/rcufba.v16i1.54917

Palavras-chave:

Remuneração executiva, Desempenho financeiro, Tamanho da empresa, Instituições Financeiras Bancárias

Resumo

Esta pesquisa teve como objetivo geral examinar os determinantes da remuneração executiva das Instituições Financeiras Bancárias (IFBs) listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), a partir de uma amostra de 15 empresas, entre os anos de 2015 e 2020. Sob o fundamento da Teoria da Agência e da abordagem do Managerial Discretion, buscou-se explicar a remuneração executiva por meio de variáveis de desempenho financeiro e de tamanho da empresa, sob o pressuposto de que estas estariam positivamente relacionadas com a remuneração dos executivos. Com base em dados coletados no sistema Economática e nos Formulários de Referência emitidos pelas empresas junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e, por meio do emprego da metodologia de regressão com dados em painel, os achados apontaram que: (i) apenas uma das variáveis de desempenho apresentou a relação esperada com a variável dependente; e, (ii) a remuneração executiva pode ser explicada pelo tamanho da empresa. Por fim, sugeriu-se para pesquisas futuras: (i) a inclusão de indicadores de governança corporativa na análise de dados em painel; (ii) um estudo comparativo entre as IFBs em análise e as demais instituições financeiras listadas no sítio do Banco Central; e, (iii) a avaliação dos impactos das variáveis explicativas em cada componente do pacote remuneratório dos executivos.

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Publicado

2023-06-08

Como Citar

Regis Costa, T. (2023). Determinantes da Remuneração Executiva: Uma Análise das Instituições Financeiras Bancárias entre os Anos de 2015 e 2020. Revista De Contabilidade Da UFBA, 16(1), e2140. https://doi.org/10.9771/rcufba.v16i1.54917