Digestão intestinal da proteína de forrageiras e co-produtos da agroindústria produzidos no Nordeste Brasileiro por intermédio da técnica de três estágios

Autores

  • Elzania Sales Pereira Universidade Federal do Ceará
  • Patrícia Guimarães Pimentel Universidade Federal do Ceará
  • Labib Santos Duarte Universidade Federal do Ceará
  • Arturo Bernardo Selaive Villarroel Universidade Federal do Ceará
  • José Gilson Lousada Regadas Filho Universidade Federal do Ceará
  • José Nery Rocha Júnior Universidade Federal do Ceará

Resumo

A pesquisa objetivou estimar a digestibilidade intestinal (DI) da proteína não-degradada no rúmen (PNDR) de alimentos por intermédio da técnica de três estágios. As forragens avaliadas foram algaroba (Prosopis juliflora), canafístula (Pithecellobium multiflorum), flor-de-seda (Calotropis procera), jitirana (Ipomea sp.), juazeiro (Ziziphus joazeiro), mata-pasto (Senna obtusifolia), sabiá (Mimosa caesalpiniaefolia Benth), palma gigante (Opuntia ficus indica) e xique-xique (Cereus gounellei), bem como, os co-produtos do abacaxi (Ananas comosus L.), acerola (Malpighia emarginata), caju (Anacardium occidentale), coco (Cocos nucifera L.), melão (Cucumis melo), maracujá (Passiflora eduli), uva (Vitis labrusca) e urucum (Bixa orellana L.). Os alimentos foram incubados no rúmen, por 16 horas para determinação da PNDR, sendo o resíduo da incubação submetido à digestão com solução de pepsina durante uma hora, e solução de pancreatina a 38°C, cujos resíduos foram analisados para nitrogênio total. A estimativa da PNDR das forragens variou de 13,37 a 83,6%, e dos co-produtos de 39,14 a 89,06%. A digestibilidade intestinal da PNDR das forragens variou de 26,09 a 80,68%, enquanto para os co-produtos de 22,26 a 76,82%. O sabiá foi a forrageira que apresentou a maior DI e o maior teor de proteína não degradada no rúmen digestível (PNDRd), e a flor-de-seda os menores valores; enquanto para os co-produtos, melão e caju apresentaram, respectivamente, os maiores valores de DI e PNDRd. O coco apresentou os menores valores para DI e PNDRd. Embora alguns sistemas de adequação de dietas para ruminantes considerem que a PNDR apresenta DI constante, os resultados obtidos sugerem que esta relação é variável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elzania Sales Pereira, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras, mestrado em Zootecnia(Nutricao de Ruminantes) pela Universidade Federal de Lavras e doutorado em Zootecnia (Nutricao de Ruminantes )pela Universidade Federal de Viçosa ). Atualmente é professor adjunto do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará, docente permanente do Mestrado em Zootecnia da UFC e docente permanente do Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia - PDIZ/UFC/UFPB/UFRPE. É revisor 'ad-hoc' das revistas: Ciência Agronômica, Revista Brasileira de Zootecnia, Revista Brasileira de Saúde e Producao Animal, Caatinga, Semina, Ciencia Rural, além de ser revisor 'ad-hoc' de projetos da Empresa Brasileira Brasileira de Pesquisa Agropecuária e de trabalhos da Sociedade Brasileira de Zootecnia. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliacao de alimentos para Ruminantes, atuando principalmente nos seguintes temas: Consumo e digestibilidade de nutrientes, comportamento ingestivo de animais ruminantes, desempenho de bovinos de leite e corte, exigencias nutricionais de pequenos ruminantes.

Patrícia Guimarães Pimentel, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (1999) e mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará (2002). Defendeu tese de doutorado em Zootecnia pela UFMG. Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliação de Alimentos para Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: produção de leite, castanha de caju, nutrição animal, semi-árido e avaliação de subprodutos.

Downloads

Publicado

2010-06-21

Edição

Seção

Nutrição Animal