Cortejo do Dois de Julho em Salvador
diálogos entre a história cultural e os estudos organizacionais
DOI:
https://doi.org/10.9771/pcr.v15i2.49422Palabras clave:
Cortejo do Dois de Julho, Festas Populares, História Cultural, Estudos Organizacionais, ResistênciaResumen
Desde 1824, o Cortejo do Dois de Julho é realizado anualmente em Salvador como comemoração do processo que culminou na Independência do Brasil na Bahia, em 1823. A organização desta festa está profundamente ancorada no caráter sociocultural e histórico que constrói a identidade política local e regional dos baianos. Neste artigo, o enfoque empírico no Cortejo nos permite demonstrar como o diálogo entre a História Cultural e o campo dos Estudos Organizacionais pode ser significativo para analisar manifestações que, em sua complexidade cultural, exigem dos pesquisadores e gestores culturais uma reflexão alternativa às abordagens normativas tradicionalmente mobilizadas pelo campo da administração, tanto em relação às organizações não formais e institucionalizadas, quanto em abordagens metodológicas que utilizam a história apenas de forma funcionalista e/ou acessória.
Descargas
Citas
ALBURQUEQUE, Wlamyra Ribeiro de. Algazarra nas ruas: comemorações da Independência na Bahia (1889-1923). Campinas: Editora da Unicamp, 1999.
BARROS, A.; CARRIERI, A. D. P. O cotidiano e a história: construindo novos olhares na Administração. Revista de Administração de Empresas, 55(2), 151-161. Boje, D. M. (2001). Carnivalesque resistance to global spectacle: a critical postmodern theory of public administration. Administrative Theory & Praxis, v. 23. n.3, 2015, p. 431-458.
BURKE, P. What is Cultural History? Cambridge: Polity Press, 2008.
CHARTIER, R. Cultural History: Between Practices and Representations. Cornell: Cornell University Press, 1988.
COSTA, A. S. M.; BARROS, D. F.; MARTINS, P. E. M. Perspectiva Histórica em Administração: novos objetos, novos problemas, novas abordagens. Revista de Administração de Empresas, v. 50, n. 3, 2010, p. 288-299.
DARNTON, R. The Great Cat Massacre: And Other Episodes in French Cultural History. New York: Basil Books, 2009.
FLEMING, P.; SPICER, A. Working at a Cynical Distance: Implications for Power, Subjectivity and Resistance. Organization, 10(1), 2003, p. 157-179.
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro, LTC, 1989.
KRAAY, H. Entre o Brasil e a Bahia: as comemorações do Dois de Julho em Salvador, século XIX. Afro-Ásia, n. 23, 1999, p. 47-85.
NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. In: Projeto História 10 - Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP, São Paulo, n. 10, dez./1993, p. 1-178.
SAMPAIO, J. A. L. S. A Festa de Dois de Julho em Salvador e o “lugar” do índio. Revista de Cultura: O índio na Bahia, 1988, p. 153-159.
SILVA, Eduardo; REIS, João José. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Políticas Culturais em Revista
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.