Máquinas de visão: O MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin em suas práticas de experimentação visual

Autores

  • amilton pelegrino mattos Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Universidade Federal do Acre - UFAC

Resumo

O texto trata dos Laboratórios de Arte e Percepção (LAP), visando situa-los entre outras práticas do MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin como máquinas de visão. Máquinas de visão é o conceito de que lanço mão para uma compreensão das práticas visionárias do MAHKU, tais como desenhos, pinturas, murais e práticas de criação coletivas (LAP), em continuidade com diversas práticas que caracterizam os huni kuin como um povo que valoriza as experiências visuais liminais e os processos de transformação visual em suas práticas de conhecimento e corporalidade, tais como nixi pae (ayahuasca), cantos, danças, kene (grafismo), sonhos entre outras. Os LAP são a principal atividade desenvolvida pelo coletivo MAHKU visando o intercâmbio de saberes entre seu centro de pesquisas, o Centro MAHKU Independente, e instituições não-indígenas como universidades, museus e escolas de arte. 

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Biografia do Autor

amilton pelegrino mattos, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Universidade Federal do Acre - UFAC

Doutorando em Antropologia Social pelo PPGSA – UFRJ. Professor na Licenciatura indígena da UFAC – Floresta.

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Publicado

2018-10-30