Formas Turcas de Composição Musical: um estudo do repertório Ayin Mevlevi
DOI:
https://doi.org/10.9771/ictus.v10i2.34345Palabras clave:
Música Turca, Música Mevlevi, Ayin, Makam, Sema'i, Sama, MevleviResumen
Ainda que compartilhem a função geral do Sama com os sufis medievais, e o princípio cíclico geral com o Fasil (suíte vocal-instrumental) otomano, os dervixes Mevlevi desenvolveram, com o Ayin, uma estrutura musical de tamanha originalidade que merece ser analisada como fenômeno particular. A hipótese de que o formato cíclico de concerto, que é uma das características mais marcantes do Ayin, tenha aparecido um pouco antes do Fasil, é sustentada pelo etnomusicólogo Walter Feldman. O argumento de Feldman oferece irrefutável evidência de que a estrutura básica do Ayin Mevlevi já existia há algum tempo, antes do século XVII. Essa estrutura musical, cujos princípios modais (makam[s]) e intonacionais encontram ressonância na arte musical turca contemporânea deste século, resistiu à adoção de todas as formas de composição, quer da arte musical iraniana, do século XVI, quer da arte musical turca nascente, do século XVII. O que não quer dizer que a música Mevlevi não tenha recebido influência, nos séculos anteriores, da música persa e árabe. Partindo da análise comparativa de algumas composições musicais do repertório Ayin sobrevivente, abordarei, no texto, uma sessão específica do Ayin: o terceiro selam ou terceiro movimento vocal que acompanha o giro dos dervixes Mevlevi no Sama (audição musical). O terceiro selam, que começa no lentíssimo usul (ritmo) devr-i kebir (28/4 ou 14/4), acelera gradualmente até chegar ao ritmo yürük sema’i (6/8). Essa é a única sessão do Ayin na qual a aceleração rítmica é permitida. O sema’i pertence ao amplo grupo de gêneros musicais otomanos que empregou esse simples usul, estruturalmente divergente do Ayin, mantendo o seu nome original.Descargas
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Publicado
2010-09-14
Número
Sección
Artículos