A dodecafonia sobe — com Balzac e Proust — os degraus ao paraíso

Autores

  • Maurício Dottori UFPR

DOI:

https://doi.org/10.9771/ictus.v8i1.34301

Palavras-chave:

Contraponto, Análise, Schoenberg, Fux

Resumo

Numa lição que apresentou na Universidade da Califórnia em 1941, chamada de “Composition with Twelve Tones”, Arnold Schoenberg dizia que seu método de “composição com doze notas não tinha apenas o propósito da compreensibilidade” mas que “brotara de uma necessidade”, ou seja, da extensão pós-wagneriana da harmonia, do que ele chamou de emancipação da dissonância. Para Schoenberg, com a emancipação, deixavam de ter utilidade tanto o centro tonal quanto qualquer coisa que o pudesse sugerir; já não serviam a nada o que ele chamava de “falsas expectativas de conseqüentes e continuações”. É tão conhecida esta postura estética de Schoenberg quanto seu profundo interesse pelo contraponto, e em especial – como cabe a um Vienense – pelo contraponto normativo de descendência fuxiana. O que se fará neste trabalho é, simplesmente, analisar os pressupostos perceptivos e cognitivos que subjazem � base empírica da organização didática em espécies, na forma preconizada por Johann Joseph Fux em seu Gradus ad Parnassum de 1725, para em seguida aplicar as categorias abstraídas � música e � s idéias de Schoenberg calcadas sobre o método das doze notas. Neste sentido é uma sugestão da aplicabilidade prática de um outro método, vale dizer, um de análise e de síntese musicais pela aplicação de princípios propriamente perceptivos.

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Publicado

2007-11-03

Edição

Seção

Artigos