História e Memória do Feminismo Acadêmico no Brasil: O Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher- NEIM/UFBA (1983-2020)

Autores

  • Cecília M. B. Sardenberg NEIM/UFBA

Resumo

Neste artigo pretendo levar adiante a discussão proposta por Teresa de Lauretis décadas atrás, detendo-me, no particular, nos “efeitos da institucionalização do feminismo” no Brasil e, mais precisamente, no feminismo acadêmico, ou seja, no ativismo feminista no âmbito científico-acadêmico, a partir da história do NEIM. Retomo, assim, uma discussão sobre a institucionalização do feminismo nas universidades brasileiras iniciada há mais de duas décadas, refletindo, desta feita, não apenas sobre os caminhos percorridos e os avanços registrados desde então, como também sobre as conexões e tensões que têm marcado esse trajeto e os novos desafios postos para nós, ‘feministas acadêmicas’.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cecília M. B. Sardenberg, NEIM/UFBA

Antropóloga, Professora Titular do Departamento de Antropologia (aposentada) e credenciada como Professora Permanente de Teoria Feminista do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos - PPGNEIM, da Universidade Federal da Bahia- UFBA, tendo atuado também como Professora Permanente credenciada nos Programas Pós-Graduação em Antropologia e Pós-Graduação em Ciências Sociais. Obteve o Bacharelado em Antropologia Cultural na Illinois State University (1977), Mestrado em Antropologia Social na Boston University (1981), Doutorado em Antropologia Social, Boston University (1997) e Estágio Pós-Doutoral como Visiting Fellow no Institute of Development Studies (IDS), University of Sussex, Inglaterra (2003; 2005; 2013). É uma das fundadoras e atual Pesquisadora Permanente do NEIM-Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher, e sócia-fundadora da REDOR - Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos sobre Mulheres e Relações de Gênero, tendo servido também como sua coordenadora. Faz parte do Coletivo Editorial da Revista Feminismos e integra o Comitê de Gênero e Sexualidade da Associação Brasileira de Antropologia-ABA, com interesses voltados principalmente para: antropologia feminista, antropologia da democracia e do desenvolvimento, estudos feministas, feminismo e políticas públicas, violência de gênero contra mulheres, gênero e desenvolvimento, e gênero e corpo.

Referências

ABERS, Rebecca; VON BULOW, Marisa. Movimentos sociais na teoria e na prática: como estudar o ativismo através de fronteira Estado e sociedade. Sociologias nº 13 (28), Porto Alegre, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, URGS, 2011, pp.52-84.

AGUIAR, Neuma (org.). Gênero e Ciências Humanas: desafio às ciências desde a perspectiva das mulheres. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos: Coleção, 2001.

ALVAREZ, Sonia. Para Além da Sociedade Civil: Reflexões sobre o Campo Feminista. Cadernos PAGU, (43), janeiro-junho de 2014, p.13-56.

ALVAREZ, Sonia. A ́Globalização ́ dos Feminismos Latino-Americanos. Tendências dos Anos 90 e desafios para o novo milênio. In: ALVAREZ, Sonia; DAGNINO, Evelina; ARTURO, Escobar. Cultura e Política nos Movimentos Sociais Latino-americanos. Novas Leituras. Belo Horizonte: UFMG, 1998 p. 383-426.

ALVES DE MORAIS, Adenilda B.; CARVALHO, Maria Eulina P. Institucionalização dos estudos de gênero na universidade: uma análise a partir de narrativas de acadêmicas feministas. Trabalho apresentado à 18ª Redor: UFRP Recife, 2014.

ALVES DE MORAIS, Adenilda B.; CARVALHO, Maria Eulina P.; RABAY, Gloria. Narrativas biográficas e autobiográficas sobre feminismo acadêmico no âmbito da rede feminista norte e nordeste de estudos e pesquisa sobre a mulher e relações de sexo e gênero – Redor . Trabalho apresentado à 18ª Redor: UFRP Recife, 2014.

AQUINO, Silvia de. Organizing to monitor implementation of the Maria da Penha Law in Brazil. In: AL-SHARMANI, Mulki. (Org.). Feminist Activism, Women’s Rights and Legal Reform. 01ed. London & New York: Zed Books, v. 01, p. 177-202, 2013.

AQUINO, Silvia de. Construindo uma 'nova cidadania': reflexões sobre a interação entre movimento feminista e Estado na criação da Delegacia de Proteção à Mulher de Salvador. In: Ana Alice A. Costa; Cecilia Sardenberg (orgs), Feminismo, Ciência e Tecnologia. Coleção Bahianas, Salvador, v. 8, p. 217-228, 2002.

AVILA, Maria Betânia. “Feminismo e sujeito político.” 2004 .Disponível em:

htpp://www.app.com.br/portalapp/opinião.php?idl=3

AZIZE VARGAS, Yamila. Estudios de la mujer em Puerto Rico: Marginalidade creadora vs. falta de compromiso institutional. IN: Gloria Bonder (org.), Igualdad de oportunidades para la mujer: Un desafío a la educación latinoamericana. Argentina: Ministerio de Cultura y Educación, Programa de Promoción de la Igualdad de Oportunidades para la Mujer en el Área Educativa. 1994. Disponível em:

http://www.educoas.org/Portal/bdigital/contenido/interamer/BkIACD/Interamer/Interamerhtml/Bonderhtml/bon_varg.htm. Acesso em 20/março/2018.

BLAY, Eva. Trabalho domesticado: a Mulher na Indústria Paulista. São Paulo: Ática, 1978.

BOSI, Eclea. Memória e Sociedade; lembranças de velhos. São Paulo, T. A Queiroz/EDUSP, 1973.

BOURDIEU, Pierre. O campo científico. In: ORTIZ, Renato (Org.); FERNANDES, Florestan (Coord.). Pierre Bourdieu. Tradução de Paula Montero e Alícia Auzmendi. São Paulo: Ática, 1983

Downloads

Publicado

2021-01-07

Como Citar

SARDENBERG, C. M. B. História e Memória do Feminismo Acadêmico no Brasil: O Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher- NEIM/UFBA (1983-2020). Revista Feminismos, [S. l.], v. 8, n. 3, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/42032. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Documento