IDADE E SOLIDÃO: a velhice das mulheres

Autores

  • Alda Britto da Motta

Resumo

A solidão, como um sentimento, pode estar presente em todas as idades. Significando uma falta de conexão e satisfação emocional de uma pessoa em relação a outras, em sentir-se sem afeto, apoio ou aceitação, pode acontecer em várias circunstancias e situações que a alguns não atingiria, mas a outros pode atingir fundo. Pode acontecer quando há escasso número de pessoas presentes na vida de alguém, mas também quando as pessoas disponíveis não guardam especial significado... No caso da velhice, adquire configuração especial, porque remete, comparativamente, a experiências passadas mais positivas. Ponto de chegada de longa trajetória de vida, revela perdas e sem ater-se exclusivamente à subjetividade, expressa sobretudo a marginalidade social de que todo velho ou velha é objeto. Na pesquisa, as queixas apontam para situações expressas em termos de “Passo o dia sozinha, de noite os filhos chegam do trabalho, tomam banho, jantam e saem para encontrar os amigos. Continuo só” ou, “é muita gente em casa, mas me sinto só”. “Depois de velha, fiquei invisível”. Em termos mais gerais, a pessoa idosa sente a vivência de quem não recebe convites, de quem não desperta interesse; de quem é “diferente”. É a sensação de quem se sente à margem, exatamente porque, material ou simbolicamente, está posta à margem, mesmo. Importante a reflexão sobre isso.

Palavras - chave: solidão; velhice; gênero; mulheres

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Publicado

2019-03-20

Como Citar

BRITTO DA MOTTA, A. IDADE E SOLIDÃO: a velhice das mulheres. Revista Feminismos, [S. l.], v. 6, n. 2, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30390. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Justiça Reprodutiva