O Mapa da Violência 2015 e o crescimento da vitimização das mulheres negras
Resumo
O Mapa da Violência 2015 mostra que o número de assassinatos de mulheres tem diminuído em relação às brancas ao mesmo tempo em que cresce quanto às negras. Como diz Sueli Carneiro, é necessário olhar de forma atenta a gravidade da questão racial na caracterização da violência contra as mulheres pela introdução do conceito de violência racial, como aspecto determinante das formas de violência sofridas por metade da população feminina do país que não é branca. Para analisar a interação das opressões e sua ação sobre as violências, a investigação deste artigo se servirá do conceito de interseccionalidade, que busca capturar as consequências estruturais e dinâmicas da interação entre dois ou mais eixos de subordinação. A observação dos dados sobre os homicídios centra-se nos números relativos ao Brasil e à Bahia, considerando as dificuldades na execução das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, reforçando a importância da construção de uma agenda específica para combater as desigualdades que atravessam as vidas das mulheres negras. A análise se embasará, em especial, nos trabalhos das teóricas feministas Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Sandra Azerêdo, Luiza Bairros, Cláudia Pons Cardoso, Kia Lilly Caldwell, Matilde Ribeiro, Audre Lorde e Patricia Hill Collins.
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