O FEMINISMO RADICAL OU A UTOPIA DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ANTIGO EGITO?

Autores

  • Gregory da Silva Balthazar Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

A egiptologia nasceu no dia 22 de setembro de 1822, quando o filólogo francês Jean François Champollion comunicou à Académie Française des Beaux-Arts a decifração dos hieróglifos. Contudo, foi somente na segunda metade do século XX, com a emergência da segunda onda do movimento feminista, que a egiptologia passou a se questionar sobre o lugar reservado às mulheres no antigo Egito. A partir de uma revisão historiográfica, problematizaremos os desdobramentos do discurso feminista no desenvolvimento da escrita egiptlógica, com especial enfoque nos usos políticos do singular papel das mulheres egípcias na antiguidade para a legitimação de reivindicações de emancipação social do feminismo radical.

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Biografia do Autor

Gregory da Silva Balthazar, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2018-01-18

Como Citar

BALTHAZAR, G. da S. O FEMINISMO RADICAL OU A UTOPIA DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ANTIGO EGITO?. Revista Feminismos, [S. l.], v. 5, n. 2/3, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30115. Acesso em: 19 dez. 2024.

Edição

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Artigos