La VIOLENCIA DE GÉNERO Y MACHISMO ESTRUCTURAL EN BRASIL

VÍNCULOS ENTRE PSICOANÁLISIS, POLÍTICA Y FEMINISMO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.12.2.63123

Palabras clave:

Psicoanálisis, Política, Violencia de género, Machismo estructural, Cuerpo femenino

Resumen

Siempre es tiempo de que los derechos de las mujeres se vean amenazados. En este artículo, partimos de la propuesta del Proyecto de Ley 1904/2024 para reflexionar sobre cómo las actuales expresiones de la tiranía masculina - efecto del machismo estructural brasileño - repercuten en el mantenimiento de la invisibilidad femenina en la esfera social. Queremos entender mejor qué hacer con la ancestral misoginia brasileña que subyuga a mujeres y niñas, especialmente negras y subalternizadas, desde hace muchos siglos y de las más variadas formas. Finalmente, proponemos pensar cómo la política, en conjunto con el psicoanálisis, puede ayudarnos a combatir la violencia simbólica e institucional contra los cuerpos femeninos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rose Gurski, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Universidad Federal de Rio Grande do Sul. Posdoctorado en Psicología Clínica (USP). Profesora Asociada del Departamento de Psicoanálisis y Psicopatología de la UFRGS y del PPG en Psicoanálisis: Clínica y Cultura (UFRGS); supervisora del PPG en Psicología Clínica de la USP. Coordinadora del NUPPEC/Eixo 3. Tel: (51) 3308-5066. Dirección: Av. Paulo Gama, 110, Porto Alegre, RS. E-mail: rosegurski@ufrgs.br.

Bruna Ferreira de Oliveira, Universidade de São Paulo

Universidad de São Paulo. Estudiante de maestría en el Programa de Postgrado en Psicología Clínica de la USP. Psicóloga de la Universidad Estatal de Maringá (UEM). Becaria CAPES. Miembro de NUPPEC-Eixo 3/UFRGS-USP y PSOPOL/USP. Tel: (11) 3091-4910. Dirección: Av. Prof. Mello Moraes, 1721, São Paulo, SP. Correo electrónico: oliveira.bruna@usp.br.

Luiz Felipe Soares Araujo, Universidade de São Paulo

Universidad de São Paulo. Estudiante de maestría en el Programa de Postgrado en Psicología Clínica de la USP. Psicóloga de la Universidad Federal de Uberlândia (UFU). Becaria CAPES. Miembro de NUPPEC-Eixo 3/UFRGS-USP y PSOPOL/USP. Tel: (11) 3091-4910. Dirección: Av. Prof. Mello Moraes, 1721, São Paulo, SP. Correo electrónico: felipearaujopsico@usp.br

Citas

ARAUJO, L. F. S. Entre o Testemunhar e o Elaborar da Ditadura Militar Brasileira: Considerações com Base na Teoria Crítica e Psicanálise. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023.

ARENDT, H. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

ARENDT, H. Liberdade para ser livre. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2018.

ATWOOD, M. O Conto de Aia. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo, Volume II: A Experiência Vivida, 1949. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1980.

BENJAMIN, W. Para a Crítica da Violência, 1921. In: BENJAMIN, W. Escritos sobre Mito e Linguagem (1915–1921). São Paulo: Duas Cidades/Editora 34, 2013, p. 121-156.

BENTO, C. O Pacto da Branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

BIGNOTTO, N. O Tirano e a Cidade. São Paulo: Discurso Editorial, 1998.

BIGNOTTO, N. A tirania se aproxima de governos que se consolidaram por caminhos ilegítimos. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 1, n. 2, p. 233-239, 2016.

BIGNOTTO, N. Arendt, o Republicanismo e os Regimes Totalitários. Cadernos Arendt, Teresina, v. 3, n. 6, p. 28-43, 2023.

BIRMAN, J. Soberania, Crueldade e Servidão: Mal-Estar, Subjetividade e Projetos Identitários na Modernidade. In: PINHEIRO, T. (org.). Psicanálise e Formas de Subjetivação Contemporâneas. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2003, p. 11-26.

BIRMAN, J. Crueldade e Psicanálise: Uma Leitura de Derrida sobre o Saber Sem Álibi. Natureza Humana, São Paulo, v. 12, n. 1, p. 1-29, 2010.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei nº 1904, 17 de maio de 2024. Acresce dois parágrafos ao art. 124, um parágrafo único ao artigo 125, um segundo parágrafo ao artigo 126 e um parágrafo único ao artigo 128, todos do Código Penal Brasileiro, e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, 2024. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2434493&fichaAmigavel=nao. Acesso em: 01 jul. 2024.

BRASIL. Código Penal. Brasília: Senado Federal, 2017.

CARVALHO, L. A luta que me fez crescer e outras reflexões. Recife: SOS Corpo, 2022.

CERQUEIRA, D.; BUENO, S. (Coords.). Atlas da Violência 2023. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2023. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/publicacoes/250/atlas-da-violencia-2023.

CURUMIM, N. Ase/ Que Floreça. In: CURUMIM, N. Brumas leves para peitos pesados. São Paulo: Editora FALA, 2023.

DINIZ, D.; MEDEIROS, M.; MADEIRO, A. Pesquisa Nacional de Aborto – Brasil, 2021. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 28, n. 6, p. 1601-1606, 2023.

ELKIN, L. Flâneuse: Mulheres que Caminham pela Cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres. São Paulo: Fósforo, 2022.

EVARISTO, Conceição. Insubmissas Lágrimas de Mulheres. Rio de Janeiro: Malê, 2020.

FELMAN, S. Women and Madness: The Critical Phallacy. Diacritics, Baltimore, v. 5, n. 4, p. 2-10, 1975.

FREUD, S. A Moral Sexual "Cultural" e a Doença Nervosa Moderna, 1908. In: FREUD, S. Cultura, Sociedade, Religião: O Mal-Estar na Cultura e outros Escritos. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, p. 65-97.

FREUD, S. Totem e Tabu, 1913. In: FREUD, S. Totem e Tabu e outros textos. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. (Obras completas Volume 11).

FREUD, S. O Tabu da Virgindade (Contribuições para a Psicologia da Vida Amorosa III), 1918. In: FREUD, S. Amor, Sexualidade, Feminilidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2018, p. 155-178.

FREUD, S. Psicologia das Massas e Análise do Eu, 1921. In: FREUD, S. Cultura, Sociedade, Religião: O Mal-Estar na Cultura e outros Escritos. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, p. 137-232.

FREUD, S. O Mal-Estar na Cultura, 1930. In: FREUD, S. Cultura, Sociedade, Religião: O Mal-Estar na Cultura e outros Escritos. Belo Horizonte: Autêntica, 2020, p. 305-410.

FROTSCHER, M. "Vou tentar ajudar minha família escrevendo essa carta": jogos de gênero em cartas enviadas da Alemanha para o Brasil após a Segunda Guerra Mundial. Topoi, Rio de Janeiro, v. 20, n. 40, p. 111-135, 2019.

FUKS, B. B. O Pensamento Freudiano sobre a Intolerância. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 59-73, 2007.

GONZALEZ, L. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: Ensaios, Intervenções e Diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

GURSKI, R.; OLIVEIRA, D. M.; BAYER, B. F.; OLIVEIRA, B. F.; TORMAN, J. D.; SILVA, J. M. S. A Escuta de Vidas de Adolescentes e Mulheres Negras: A Violência de Gênero e a Transmissão de uma Fábrica de Dor. In: TEIXEIRA, L. C.; DANZIATO, L.; BRITO, A. C. C.; GASPARD, J. (orgs.). Destinos Trágicos: Efeitos da Violência Doméstica para as Filhas e os Filhos. Curitiba: CRV, 2023, p. 81-97.

GURSKI, R.; PERRONE, C. A Psicologia das Massas Freudiana e as Atuais Massas Digitais: Totalitarismo, Distopia e Sonhos. In: MOREIRA, J. O.; SILVA, A. C. D. (orgs.). 100 Anos Psicologia das Massas: Atualizações e Reflexões. Curitiba: CRV, 2021, p. 187-199.

GURSKI, R.; PERRONE, C.; STRZYKALSKI, S. Genocídio de Jovens Negros e a Violência (Im)pertinente no Brasil Contemporâneo: O Fantasma da Colonialidade e a Produção do Desejo de Fascismo Atual. In: MOREIRA, J. O.; ROSA, M. D. (orgs.). Violência e Psicanálise: Atualizações Intersaberes. São Paulo: IP-USP, 2021, p. 270-292.

HERZOG, R.; SALZTRAGER, R. A Formação da Identidade na Sociedade Contemporânea. In: PINHEIRO, T. (org.). Psicanálise e Formas de Subjetivação Contemporâneas. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2003, p. 27-42.

HIRATA, H. Gênero, Classe e Raça: Interseccionalidade e Consubstancialidade das Relações Sociais. Tempo Social: Revista de Sociologia da USP, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014.

HOOKS, b. Ensinando a Transgredir: A Educação como Prática da Liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2017.

IANNINI, G. Interseccionalidade entre Sexo, Raça e Classe na Viena Freudiana, 100 Anos Depois. In: IANNINI, G. Freud no Século XXI – Volume 1: O que é Psicanálise? Belo Horizonte: Autêntica, 2024, p. 115-128.

IPEA. Policy Brief – Em Questão: Evidências para Políticas Públicas nº 22 – Dados sobre Estupro no Brasil. Brasília: Ipea, 2023. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/artigo/242/atlas-2022-policy-brief.

IRIGARAY, L. Este sexo que não é só sexo: Sexualidade e Status Social da Mulher. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 1977/2017.

KLEMPERER, V. LTI: A Linguagem do Terceiro Reich. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009.

LIMA, D. The Handmaid's Tale: Um Aviso de Incêndio para o Cenário Político Atual. In: Editora Boitempo. Blog da Boitempo, São Paulo, 6 jul. 2017. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2017/07/06/the-handmaids-tale-um-aviso-de-incendio-para-o-cenario-politico-atual/.

LOPES, R. Mulheres negras têm maior risco de sofrer violência física e sexual no Brasil. Folha de São Paulo, São Paulo, 20 jun. 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/06/negras-tem-maior-risco-de-sofrer-violencia-fisica-e-sexual-no-brasil.shtml.

NOGUEIRA, I. B. A Cor do Inconsciente: Significações do Corpo Negro. São Paulo: Perspectiva, 1998/2021.

OELHAFEN, I. V.; TATE, T. As Crianças Esquecidas de Hitler: A Verdadeira História do Programa Lebensborn. São Paulo: Contexto, 2017.

OLIVEIRA, B. F.; GURSKI, R. A Escuta Psicanalítica de Jovens Competidores do Slam. Jornal da Universidade, Porto Alegre, 29 fev. 2023. Disponível em: https://www.ufrgs.br/jornal/a-escuta-psicanalitica-de-jovens-competidores-do-slam/.

OLIVEIRA, B. F.; GURSKI, R. As Poetisas do "Slam" em São Paulo, a Psicanálise e a Elaboração da Violência de Gênero. Jornal da USP, São Paulo, 20 mai. 2024. Disponível em https://jornal.usp.br/artigos/as-poetisas-do-slam-em-sao-paulo-a-psicanalise-e-a-elaboracao-da-violencia-de-genero/.

PRIORE, M. D. História do Amor no Brasil. São Paulo: Contexto, 2006.

RIBEIRO, S. Feminismo: Um Caminho Longo à Frente. In: GALLEGO, E. S. (org.). O Ódio como Política: A Reinvenção das Direitas no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018, p. 103-108.

SAFATLE, V. Maneiras de Transformar Mundos: Lacan, Política e Emancipação. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

SANCHES, A.; RODRIGUES, S. M. Misoginia e Fantasias Inconscientes acerca do Feminino. In: BRÍGIDO, E.; PONCIANO, J. V. (orgs.). A Revolução do Pensamento Feminino: Epopéia de Novos Tempos. São Carlos: Pedro e João Editores, 2021, p. 129-148.

SEGATO, R. L. A Estrutura de Gênero e a Injunção do Estupro. In: SUÁREZ, M.; BANDEIRA, L. (orgs.). Violência, Gênero e Crime no Distrito Federal. Brasília: Paralelo 15, Editora Universidade de Brasília, 1999, p. 387-427.

SEVERO, V. S. Violência e Morte no Ventre Legislativo. Brasil de Fato, Porto Alegre, 4. jun. 2024. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2024/06/14/violencia-e-morte-no-ventre-legi-slativo.

SOARES, L. S. A; TEIXEIRA, E. C. Dependência Econômica e Violência Doméstica Conjugal no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, n. 61, p. 263-283, 2022.

SOUZA, N. S. Tornar-se Negro ou As Vicissitudes da Identidade do Negro Brasileiro em Ascensão Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1983/2022.

Publicado

2024-12-19

Cómo citar

GURSKI, R.; OLIVEIRA, B. F. de .; ARAUJO, L. F. S. . La VIOLENCIA DE GÉNERO Y MACHISMO ESTRUCTURAL EN BRASIL: VÍNCULOS ENTRE PSICOANÁLISIS, POLÍTICA Y FEMINISMO. Revista Feminismos, [S. l.], v. 12, n. 2, 2024. DOI: 10.9771/rf.12.2.63123. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/63123. Acesso em: 22 dic. 2024.