¡TENEMOS FURIA! DEMANDAS E REFLEXÕES DO FEMINISMO SOCIALISTA CHILENO (1981-1986)
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.12.2.62397Palabras clave:
feminismo, socialismo, Revista Furia, Chile, neoliberalismoResumen
Em 1973, o Chile sofreu um golpe político militar que alterou profundamente as transformações sociais e econômicas logradas nos últimos anos. Para além da violência instaurada contra os opositores, Augusto Pinochet inaugurou, na América Latina, um novo modelo econômico: o neoliberalismo. Desta forma, o Chile transitou do socialismo, escolhido pela via democrática, para um regime neoliberal imposto pela violência da ditadura. Os efeitos desta drástica mudança ainda são sentidos pela população que se viu alijada de direitos fundamentais, como educação e saúde. As mulheres foram fortemente afetadas pelo novo regime; seja pela violência perpetrada pelo Estado, seja pelas medidas econômicas que acarretaram o que foi denominado de "feminização da pobreza". A Federación de Mujeres Socialista, uma entidade clandestina, discutiu e denunciou, por meio da revista Furia, o efeito do novo cenário chileno no cotidiano feminino. O periódico circulou entre os anos de 1980 e 1983, sempre de forma clandestina e com artigos assinados por pseudônimos. Desta forma, neste artigo visamos analisar como a publicação discutiu as opressões que recaem sobre as mulheres, em um contexto neoliberal e da ausência democrática, bem como as relações entre feminismo e socialismo.
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