REVISITANDO NOSSOS FEMINISMOS: A HISTÓRIA DO GRUPO DE MULHERES NEGRAS DO MNU BAHIA

Authors

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i2.57164

Keywords:

Luiza Bairros; Thoughts of Black women; Memory; Black feminism, Escrevivência.

Abstract

Este artigo tem por objetivo revisitar o pensamento da intelectual ativista negra Luiza Bairros e registrar através de suas memórias a história do Grupo de Mulheres Negras do MNU Bahia, fundado em 1981. Registro compreendido na esteira da escrevivência, anunciada por Conceição Evaristo, tomando a memória para escrita da história do movimento de mulheres negras. A memória capturada na narrativa revela histórias de insurgência do movimento na diáspora, analisadas em sintonia com as experiências da ativista. A abordagem pretende evidenciar o contínuo de lutas de mulheres negras como processo histórico vital de (re)existência à ordem desumanizadora que se mantém e persiste sob a égide da colonialidade, mesmo após o fim do colonialismo. Nossa intenção é enfatizar o compromisso perene e incansável de mulheres negras em luta histórica, agência e afirmação de nosso lugar no mundo.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Claudia Pons Cardoso, UNEB

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), graduação em Licenciatura em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990), Mestrado em História do Brasil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1995) e Doutorado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo pela Universidade Federal da Bahia (2012). Atualmente é professora Titular da Universidade do Estado da Bahia, integrante do Centro de Estudos em Gênero, Raça e Sexualidades Diadorim/ CEGRES/DIADORIM/ UNEB.

Silvana Santos Bispo, Doutoranda PPGNEIM/UFBA

 

 

References

ALVAREZ, Sonia E. et al. Encontrando os feminismos latino-americanos e caribenhos. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 11, n. 2, p. 541-575, jul./dez. 2003.

BAIRROS, Luiza. Nossos Feminismos Revisitados. Revista Estudos Feministas. IFCS/UFRJ- PPCIS/UERJ. Vol. 3, nº. 2, 1995.

BISPO, Silvana Santos. Mulher Negra, uma outra história: movimento de mulheres negras feministas em Salvador, 1978-2001. 2007. 77 f. TCC (Licenciatura em História) – Departamento de Ciências Humanas UNEB, Santo Antônio de Jesus, 2007.

BISPO, Silvana de. Feminismo em debate: reflexão sobre as organizações de

mulheres negras em Salvador (1978-1979). 2011. 198 f. Dissertação (Mestrado em

Estudos Interdisciplinares sobre Mulher, Gênero e Feminismo) – Faculdade de

Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2011.

CARDOSO, Cláudia Pons. Movimento contemporâneo de mulheres negras brasileiras: história de (re)existências e insurgências em ação. In: VIANA, Iamara, COSTA, Valéria. (Orgs). Mulheres afro-atlânticas e ensino de história. Rio de Janeiro: Malê, 2023.

CARDOSO, Cláudia Pons. Amefricanidade: Proposta feminista negra de organização política e transformação social. Lasa Forum, v. 50, n. 3, p. 44–49, 2019.

COLLINS, Patricia Hill. Learning from the outsider within: the sociological significance of black feminist thought. Social Problems, v. 33, n. 6, p. 14-32, Oct./Dec. 1986. Special Theory Issue.

COLLINS, Patricia Hill. Black feminist thought: knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. New York/London: Routledge, 2000.

DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo, Niterói, v. 12, n. 23, p. 100-122, 2007.

EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.

EVARISTO, Conceição. A escrevivência e seus subtextos. In: DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado (org.). Escrevivência: a escrita de nós. Reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020. p. 26-46.

EVARISTO, Conceição. Literatura negra: uma poética de nossa afro-brasilidade. Scripta, v. 13, n. 25, p. 17-31, 17 dez. 2009.

FIGUEIREDO, Angela. Epistemologia insubmissa feminista negra decolonial. Tempo e

Argumento, Florianópolis, v. 12, n. 29, p. e0102, 2020.

HARTMAN, Saidiya. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão. Rio de Janeiro,2021.

hooks, bell. Erguer a Voz: pensar como feminista, pensar como negra. São Paulo: Elefante, 2019. 384 p.

LEMOS, Rosália de O. Feminismo negro em construção: a organização do movimento de mulheres negras no Rio de Janeiro. 1997, Rio de Janeiro. 185f. Dissertação (Mestrado em Psicologia)  Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1997.

PINHO, Deise K. Santana. Minha e)existência é voz! Ensino de história e escrevivências de mulheres negras: Oficinas pedagógicas com o romance ‘Um defeito de cor’. 202f. Dissertação (Mestrado em Ensino de História) – Programa de Pós-Graduação em Ensino de História – Mestrado Profissional, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2022.

VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

Published

2024-05-16

How to Cite

PONS CARDOSO, C.; SANTOS BISPO, S. . REVISITANDO NOSSOS FEMINISMOS: A HISTÓRIA DO GRUPO DE MULHERES NEGRAS DO MNU BAHIA. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 2, 2024. DOI: 10.9771/rf.v11i2.57164. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57164. Acesso em: 17 aug. 2024.

Issue

Section

Dossiê: 40 Anos de NEIM