GÊNERO COMO QUESTÃO DE ANÁLISE: UMA RÉPLICA

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.9771/rf.v11i1.53268

Palabras clave:

Joan Scott; gênero; raça

Resumen

El objetivo del presente artículo es cuestionar la interpretación de la socióloga Berenice Bento en Gender: a useful category of analysis? (2022) sobre el concepto de género en Joan Scott (1986). La intención es problematizar conceptos erróneos e incoherencias interpretativas y profundizar en el conocimiento de las propuestas de la historiadora norteamericana, para quien género nunca ha sido sinónimo de diferencia sexual, al contrario de lo que afirma Bento. Además, reflexionamos sobre el debate entre raza y género en el contexto de la esclavitud atlántica, colocando algunos contrapuntos teóricos sobre el estatus social de las mujeres negras esclavizadas, especialmente a partir de bell hooks (1982) y Angela Davis (2016) que atestiguan la imposición de la categoría "mujer" a las personas traficadas desde África.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Silviana Mariz, Unilab

Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB); doutora em Educação (UFC); mestre em História (UFC) e licenciada em História (UFC) e Letras/Inglês (UECE). Temas de interesse: Formação do Mundo Moderno; História do Pensamento Racial Brasileiro; História das Prisões; Estudos de Gêneros e Sexualidades na História; Ensino de História; Formação e Prática Docente; Políticas e Gestão da Educação Superior. ORCID ID: https://orcid.org/0000-0002-3561-2344

Citas

ARIZA, Marília. Mães libertas, filhos escravos: desafios femininos nas últimas décadas da escravidão em São Paulo. Revista Brasileira de História. V. 38, n. 79, p. 151 – 171, 2018.

BARRETO, Virgínia. Da escravidão à liberdade: a história de Maria da Conceição, roubada e escravizada (Nazaré, 1830 – 1876). Revista Estudos Históricos. V. 32, n. 66, p. 101 – 121, 2019.

BENTO, Berenice. Gênero: uma categoria útil de análise? Revista de História Comparada. V. 16, n. 1, p. 15 – 50, 2022.

BUTLER, Judith. Undoing Gender. New York: Routledge, 2004.

CONNEL, Robert. Políticas da Masculinidade. Educação & Sociedade. V. 20, n 2, jul/dez 1995, p. 185 – 206.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

DEL PRIORE, Mary (org.). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997.

FARIA, Sheila. Mulheres forras – riqueza e estigma social. Revista Tempo. V. 5, n. 9, p. 65 – 92, julho de 2000.

FLORENTINO, Manolo e GÓES, José Roberto. A paz nas senzalas: famílias escravas e tráfico, Rio de Janeiro, c. 1790 – 1850. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

FURTADO, Júnia. Pérolas negras, mulheres livres de cor no distrito diamantino. IN: FURTADO, Júnia. Diálogos oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do império ultramarino português. Belo Horizonte: UFMG, 2001, p. 81, 126.

GATENS, Moira. A critique of the sex/gender distinction. IN: ALLEN, Judith e PATTON, Paul. Beyond Marxism: interventions after Marx. Leichardt: Intervention Publication, 1983, p. 143 – 160.

HARTMAN, Saidiya. Seduction and the ruses of power. Callaloo, v. 19, n. 2, p. 537 – 560, Spring 1996.

HEILBORN, Maria Luiza; SORJ, Bila. Estudos de Gênero no Brasil. IN: MICELI, Sérgio (org.). O que ler na ciência social brasileira (1970 – 1995), ANPOCS/CAPES. São Paulo: Editora Sumaré, 1999, p. 183 – 221.

hooks, bell. Aint’t I a woman? Black women and feminism. London; Winchester: Pluto Press, 1982.

MACEDO, Joaquim Manoel de. As Vítimas-Algozes: quadros da escravidão. São Paulo: Scipione, 1988.

MACHADO, Maria Helena. Corpo, gênero e identidade no limiar da abolição: a história de Benedicta Maria Albina da Ilha ou Ovídia, escrava (sudeste, 1880). Revista Afro-Ásia, n. 42, p. 157 – 193, 2010.

MBEMBE, Achilles. Necropolítica. Arte & Ensaios. N. 32, p. 123 – 151, dez 2016. Disponível em: necropolitica.pdf (procomum.org). Acesso: 25/10/2022.

OAKLEY, Ann. Sex, Gender and Society. Hampshire: Gower Publishing Company, 1985.

OYÈWUMI, Oyèronké. La invención de las mujeres. Una perspectiva africana sobre los discursos occidentales del género. Bogotá: En la Frontera, 2017.

OYÈWUMI, Oyèronké. The invention of women: making an African sense of western gender discourse. Minneapolis; London: University of Minnesota Press, 1997.

PATROCÍNIO, José do. Motta Coqueiro ou a pena de morte. Rio de Janeiro: Typographia da Gazeta de Notícia, 1878. Disponível em: or1328763.pdf (bn.br). Acessado em: 18/09/2022.

PEDRO, Joana Maria. Relações de gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Topoi, v. 12, n. 22, p. 270 – 283, jan. – jun. 2011.

QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Viajantes, século XIX: negras escravas e livres no Rio de Janeiro. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. São Paulo, v. 28, p. 53 – 76, 1988.

RILEY, Denise. ‘Am I that Name?’ Feminism and The Category of ‘women’ in History. London: McMillan Press, 1988.

SCOTT, Joan. Gender: a useful category of historical analysis. The American Historical Review. V. 91, n. 5, p. 1053 – 1075, December 1986.

SCOTT, Joan. Gender and The Politics of History. New York: Columbia University Press, 1988.

SCOTT, Joan. The Evidence of Experience. Critical Inquiry. V. 17, Issue 4, Summer, 1991, p. 773 – 797.

SCOTT, Joan. História das Mulheres. IN: BURKE, Peter. A escrita da História: novas perspectivas. São Paulo: Editora da Unesp, 1992, p. 63 – 95.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Sociedade, v. 20, n. 2, p. 71 – 99, jul/dez 1995.

SCOTT, Joan. AHR Forum. Unanswered Questions. American Historical Review. December 2008, p. 1422 – 1429.

SCOTT, Joan. The Fantasy of Feminist History. Durham and London: Duke University Press, 2011.

SLENES, Robert. Na senzala, uma flor – esperanças e recordações na formação da família escrava – Brasil, sudeste, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

SPIVAK, Gayatri. Deconstructing Historiography. IN: SPIVAK, Gayatri; CHAKRABARTY, Dipesh. Other Worlds: essays in Cultural Politics. New York; London: Routledge, 1988a, p. 197 – 221.

SPIVAK, Gayatri. Can the Subaltern Studies Speak? IN: NELSON, Cary; GROSSBERG, Larry (ed). Marxism and the interpretation of cultures. Urbana; Chicago: University of Illinois Press, 1988b, p. 271 – 313.

SOUSA, Maria Sueli Rodrigues de. Dossiê Esperança Garcia: símbolo de resistência na luta pelo direito. Teresina: EDUFPI, 2017.

WALSH, Mary. Twenty years since “a critique of the sex/gender distinction”: a conversation with Moira Gatens. Australian Feminist Studies, v. 19, n. 44, p. 213 – 224, July 2004.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Estudos Feministas. V. 9, n. 2, 2001, p. 460 – 482.

Publicado

2023-04-02

Cómo citar

MARIZ, S. GÊNERO COMO QUESTÃO DE ANÁLISE: UMA RÉPLICA. Revista Feminismos, [S. l.], v. 11, n. 1, 2023. DOI: 10.9771/rf.v11i1.53268. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/53268. Acesso em: 18 jul. 2024.