SERIA A MULHER “LOUCA” UMA MÁ MÃE? REFLEXÕES SOBRE MATERNIDADE E LOUCURA
DOI:
https://doi.org/10.9771/rf.v11i1.53020Palabras clave:
maternidade; loucura; desamparo social; violência; gênero.Resumen
A escrita deste ensaio teve o objetivo de revisitar experiências de pesquisa e intervenções no campo da saúde mental, na qual a experiência da maternidade com a loucura se cruzam. Trabalhamos a partir da história de vida de mulheres com sofrimento psíquico e que enfrentaram os desafios na construção do laço com seus filhos e para o exercício da maternidade. Trajetórias nas quais se articulam o sofrimento psíquico, a violência de gênero e o desamparo social. Conhecer suas histórias nos possibilita aprimorar a assistência destinada tanto à elas quanto a seus (suas) filhos. Vamos destacar os seguintes pontos, a partir das três narrativas: as violências de gênero no caso das loucas; a ausência das redes (formais e informais) de suporte e os desafios na construção do laço entre as mães e seus/suas filhos/filhas.
Descargas
Citas
ARBEX, D. Holocausto brasileiro. Rio de Janeiro: editora Intrínseca, 2013.
BARBOSA, A. S.; JUCÁ, V. J. S. Maternidade e loucura: questões jurídicas em torno do poder familiar. Mental, Barbacena, v. 11, n. 20, p. 243-260, 2017.
BARBOSA, L. B.; DIMENSTEIN, M.; LEITE, J. F. Mulheres, violência e atenção em saúde mental: questões para (re) pensar o acolhimento no cotidiano dos serviços. Avances em Psicología Latino americana, 32(2), p. 309-320, 2014. dx.doi.org/10.12804/apl32.2.2014.09
BIROLI, F. Gênero e Desigualdades – Limites da democracia no Brasil. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2018.
CAMPANÁRIO, I. S. Intervenção a tempo em bebês com impasses ao desenvolvimento psíquico. Estudos de Psicanálise, (55), 51-56, 2021.
CAMPOS, I. O. Saúde mental e gênero em um Caps II de Brasília: Condições sociais, sintomas, diagnósticos e sofrimento psíquico. Tese de Doutorado, Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, Brasília, 2016.
CARNEIRO, U. S. S.; AQUINO, G. C.; JUCÁ, V. J. S. Desafios da integralidade na assistência: o itinerário terapêutico de mães com sofrimento psíquico grave, Rev. psicol. (Fortaleza, Online), v. 5, n.1, p. 46-57, 2014.
CARTEADO, M. Ela não pode ser mãe! Quando maternidade e loucura se cruzam. In: SILVA, M. V. O. (Org.). IN-tensa. EX-tensa: A Clínica Psicossocial das Psicoses. Salvador: LEV - Laboratório de Estudos Vinculares / UFBA, p. 223-227, 2007.
CARVALHO, B. C. B. Maternidade e filialidade para mães em sofrimento psíquico e suas filhas: entre as delicadezas da experiência pessoal e os recursos de proteção social. Tese (Doutorado em Psicologia do Desenvolvimento), Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019.
COLLINS, P. R. Pensamento feminista negro: Conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Tradução Jamile Pinheiro Dias. Boitempo, 2019.
COSTA, J. F. História da Psiquiatria no Brasil. Garamond, 2007.
CULLERE-CRESPIN, G. A Clínica Precoce: O Nascimento do Humano. Casa do Psicólogo, 2004.
FOUCALT, M. Doença Mental e Psicologia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.
GOFFMAN, E. (1988) Estigma: Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Tradução M. Nunes, 4. ed. LTC, 2008.
MARIANO, A.; REIS, N. Ouçam nossas vozes. [Vídeo Campanha Ouçam Nossas Vozes], São Paulo, Janssen Brasil, 2019.
MEDEIROS, M. P.; ZANELLO, V. Relação entre a violência e a saúde mental das mulheres no Brasil: análise das políticas públicas. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 18(1), p. 384-403, 2018. https://doi.org/10.12957/epp.2018.38128
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autoras/es que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autoras/es mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autoras/es têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autoras/es têm permissão e são estimuladas/os a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.