Pisada de cabocla: capoeira como veículo de ancestralidade, memória e resgate feminista da história
Resumen
Maria Cachoeira, Maria 12 Homens, Júlia Endiabrada, Júlia Satanás e outras mulheres entraram para a história da capoeira, nos séculos passados, quando a arte ainda era vivenciada na ilegalidade, sob perseguição de ordem imperiais e coloniais escravocratas e racistas. E hoje, quem são e como jogam a capoeira na roda da vida as Marias, Júlias, Catu, Olídias? Este artigo busca desenvolver reflexões sobre o processo de construção de um documentário sobre duas jovens capoeiristas negras em Salvador (Bahia), relacionando a vivência destas mulheres e suas memórias individuais com uma compreensão das diversas dimensões da prática da capoeira na contemporaneidade.
Palavras-chave: capoeira; mulheres negras; ancestralidade africana; Nzinga.
Descargas
Citas
Referências bibliográficas
ABRAHÃO, Maria Helena Menna. Memória, narrativas e pesquisa autobiográfica. Barreto Abrahão. In. História da Educação, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, n. 14, pp. 75-95, 2003.
AKOTIRENE, Carla. O que é Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro, 2019.
ARAÚJO, R.C. Elas Gingam!. In: PIRES et al (Org.). Capoeira em múltiplos olhares - estudos e pesquisas em jogo. 1ed. Cruz das Almas e Belo Horizonte: EDUFRB e Fino Traço, 2016, v. 13, p. 371-382.
BARBOSA, M. J. S. A mulher na capoeira. In: Arizona Journal of Hispanic Cultural Studies. Vol. 9, 2005. pp 09-28.
BARRAIS, Luana. (Po)éticas da escrivivência. In. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 51, p. 22-40, 2017.
BUTLER, Judith. Actos performativos e constituição de género. Um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. In. MACEDO, Ana Gabriela; RAYNER, Francesca (org.). Género, cultura visual e performance: antologia crítica. Braga: Edições Humus, 2011. pp. 69-88.
CAMPOS, Helio. Capoeira na universidade: Uma trajetória de resistência. Salvador: SCT. EDUFBA, 2001
COMBAHEE RIVER COLLECTIVE: A Black Feminist Statement. In Gloria Hull, Patricia Scott, and Barbara Smith, eds. All the Women are White, All the Blacks are Men, But Some of Us Are Brave. New York: The Feminist Press. 1982, p. 13-22.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006. __________. A memória coletiva. São Paulo: Revista dos Tribunais Ltda/Vértice,
LINS DE BARROS, Myriam Moraes. Memória, experiência e narrativa. In. Iluminuras, Porto Alegre, v.12, n. 29, p. 4-17, jul./dez. 2011.
MELO, Glenda Cristina Valim de; LOPES, Luiz Paulo da Moita. A performance narrativa de uma blogueira: “Tornando-se preta em um segundo nascimento”. Alfa, rev. linguíst. (São José Rio Preto) [online]. 2014, vol.58, n.3, pp. 541-569.
OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade como filosofia africana: educação e cultura afro-brasileira. In. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação – RESAFE. Número 18: maio-outubro/2012. Pp. 28-47.
PAREDES, Margarida. Mulheres heroicas: Njinga Mbandi e Deolinda Rodrigues, masculinidades femininas como estratégia de resistência e subversão. Mimeo.
POLLAK, Michael. Memória, Esquecimento, Silêncio. In. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989, p. 3-15
SALVATICI, Silvia. Memórias de gênero: reflexões sobre a história oral de mulheres. In. História Oral, v.8, n.1, p. 29-42, jan.-jun., 2005.
SCHWARCZ, Lilia. Uma história de diferenças e desigualdades: as doutrinas raciais do Século XIX. In: O Espetáculo das Raças. SP: Cia das Letras, 1993.
SCOTT, JOAN W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Mulher e realidade: mulher e educação. Porto Alegre: Vozes, v. 16, n. 2, jul/dez 1990.
SOUZA, Edinelia Maria de Oliveira. História oral, memórias e campesinato negro/ mestiço na Bahia pós-abolição. In. História Oral, v. 16, n. 2, p. 55-71, jul./dez. 2013.
TEDESCHI, Losandro Antonio. Os lugares da história oral e da memória nos estudos de gênero. In. OPSIS, Catalão, v. 15, n. 2, p. 330-343, 2015.
TRUTH, S. Ain’t I a woman? s/d. Disponível em: http://www.feminist.com/resources/ artspeech/genwom/sojour.htm. Acesso em; 14 de fevereiro de 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autoras/es que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autoras/es mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
2. Autoras/es têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autoras/es têm permissão e são estimuladas/os a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.